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Magno Malta relata caso de abuso com brasileiros adotados na Itália

Osenador Magno Malta (PL-ES) relatou em pronunciamento nesta quarta-feira (13) o caso dos três irmãos de sua filha adotiva, que há 20 anos teriam s...

14/09/2023 às 17h25
Por: admin Fonte: Agência Senado
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 - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
- Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Osenador Magno Malta (PL-ES) relatou em pronunciamento nesta quarta-feira (13) o caso dos três irmãos de sua filha adotiva, que há 20 anos teriam sido entregues a um casal de pedófilos da Itália. O parlamentar solicitou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que o acompanhe em visita à Embaixada da Itália para ajudá-lo a entrar em contato com as autoridades do país europeu e possibilitar o reencontro de Jaisliny com os irmãos, que hoje estariam sob cuidados de instituições italianas.

Os três irmãos — na verdade, os quatro — estavam vendidos para um casal de pedófilos italianos e nós aparecemos. Deus colocou Jaisliny na nossa vida. O casal de pedófilos já estava no Espírito Santo e foi um parto para que o juiz me entregasse, com uma guarda provisória, a minha filha, mesmo sabendo quem eu era do estado, e para depois me dar a guarda definitiva — relatou o senador.

Magno Malta disse que um dos jovens — todos nascidos no Brasil — conseguiu contato com sua filha por meio de uma rede social.

— E ele vai nodirecte procura: Jaisliny, Jaisliny, Jaisliny, até encontrar Jaisliny Malta. A irmã, Karla, minha segunda filha, começa a responder em inglês para ele. Ele pergunta: 'Ela tem mais irmãos?', ela diz: 'Sim'. 'Eles foram para a Itália?', ela diz: 'Sim'. 'Como é que ela está agora?', 'Ela está conosco, ela é do nosso sangue'. E o menino começa a dizer: 'Nós fomos vendidos para um casal de pedófilos, fomos abusados sexualmente. Minha irmã está no hospital de loucos e a segunda, num abrigo. Nós entramos em contato, porque agora temos a internet' — continuou o senador.

Magno Malta disse que a busca pela justiça e proteção das crianças é uma luta árdua, apontando a necessidade de investigações mais aprofundadas sobre maus-tratos e toda sorte de abusos a crianças e adolescentes. Ele disse ter assinaturas suficientes para criar uma comissão parlamentar de inquérito com esse objetivo.

O presidente do Senado se solidarizou com Magno Malta e disse que vai acompanhá-lo à Embaixada da Itália no Brasil.

— Gostaria de me solidarizar com esse problema familiar seu, mas é um problema também de interesse nacional, não há dúvida. De modo que evidentemente me sinto muito honrado com a confiança que deposita em mim. Gostaria, em nome dos senadores e das senadoras, de manifestar a nossa solidariedade ao senador Magno Malta e somar os esforços necessários para o esclarecimento definitivo desse fato — disse Rodrigo Pacheco.

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