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Plínio expressa preocupação com criação de centro policial de países da Amazônia

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (19), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) manifestou preocupação com a instalação do Centro de Coope...

19/09/2023 às 22h40
Por: admin Fonte: Agência Senado
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 - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
- Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (19), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) manifestou preocupação com a instalação do Centro de Cooperação Polícia Internacional em Manaus, com objetivo de combater crimes ambientais e narcotráfico na Amazônia. A unidade reunirá polícias de oito países da região amazônica, e será financiada pelo Brasil. O senador questionou os motivos pelos quais apenas o governo brasileiro assumirá os custos dessa operação.

— Deve-se considerar que, para ser eficiente, a operação será extremamente cara não apenas para mobilizar quadros qualificados, mas também porque precisará fazer uso de tecnologia sofisticada e avançada, o que significará gastos elevados. Acresça-se a isso que, por definição, as ações desse centro se estenderão aos territórios das oito nações limítrofes, o que significará também frequentes investigações restritas a áreas fora da Faixa de Fronteira com o Brasil, inexistindo aí qualquer razão para que os custos sejam impostos somente ao Brasil — declarou.

Plínio ressaltou que o centro também poderá receber policiais dos Estados Unidos e Europa. Ele alertou que a criação de uma estrutura de caráter multinacional representa a introdução de agentes de outros países em território nacional, o que pode representar uma interferência e colocar em risco a segurança nacional.

— Na origem disso tudo, está uma negociação internacional. Embora a criação do centro se inspire na ação da polícia brasileira e em eventos esportivos realizados no país, como a Copa do Mundo e a Olimpíada, a decisão de implementá-lo decorre de compromissos firmados com países que participaram da Cúpula da Amazônia, em Belém. É bom um convênio internacional, mas eles virão para dentro da Amazônia, vão morar aqui dentro, com poder de polícia dado por nós. Se isso não for interferência, não sei mais o que será. Não estou me opondo ás relações institucionais. Estou me opondo a essa carta branca que é dada — alertou.

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