O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou um estudo da Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) que mostra que a fome afeta 11,4% das mulheres e 8,3% dos homens no Brasil. Em pronunciamento nesta terça-feira (21), o parlamentar ressaltou que muitas dessas mulheres são mãe solo e passam fome para poder alimentar os próprios filhos. De acordo com o relatório Panorama Regional da Segurança Alimentar e Nutrição 2023, a insegurança alimentar continua afetando os grupos populacionais de forma desigual.
— A fome, também conhecida como insegurança alimentar grave, afetou 9,9% da população do país no período de 2020 a 2022. A diferença na prevalência da fome entre homens e mulheres no Brasil é de 3,1 pontos percentuais, ligeiramente acima daqueles observados na América Latina e no Caribe (3 pontos percentuais) e o dobro da média mundial, que é 1,5 ponto percentual. A maior parte dessa disparidade nos indicadores de insegurança alimentar entre homens e mulheres pode ser atribuída às diferenças em educação, emprego em tempo integral e participação na força de trabalho.
Paim também afirmou que um relatório sobre o estado da segurança alimentar e nutrição no mundo, publicado em conjunto por cinco agências especializadas da Organização das Nações Unidas (ONU), mostra que o Brasil tem 70,3 milhões de pessoas em insegurança alimentar e 10 milhões desnutridas. Segundo o senador, o governo federal está engajado no combate à fome, à insegurança alimentar e à pobreza, além de ter se comprometido a tirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU.
— O programa Brasil sem Fome reúne 80 ações e prevê a mobilização da União e de todos os estados e municípios do nosso país. O governo pretende tirar o Brasil do Mapa da Fome até 2030 e reduzir a menos de 5% o percentual de domicílios em situação de insegurança alimentar. [...] Com o novo Bolsa Família, relançado pelo presidente Lula, o programa já atende 21 milhões de famílias, o que equivale a 55 milhões de pessoas. A meta do Ministério do Desenvolvimento Social é de investir R$ 168 bilhões ao ano.