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Artesanato fortalece a economia no Piauí
Em 2023, o artesanato piauiense tem se destacado não apenas por sua beleza estética, mas também por suas potencialidades econômicas, sociais e ambi...
31/12/2023 10h23
Por: admin Fonte: Secom Piauí

O artesanato piauiense é marcado por uma impressionante diversidade de técnicas e materiais utilizados na confecção de peças únicas, o que reflete a identidade cultural e histórica do estado do Piauí. Desde a cerâmica tradicional de São Raimundo Nonato até as rendas delicadas de Buriti dos Montes, cada município contribui com sua própria tradição e expertise. Os artesãos, com suas habilidades e técnicas, utilizam matérias-primas como argila, madeira, palha, couro e tecido, resultando em produtos autênticos e representativos da cultura piauiense.

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A Superintendência de Desenvolvimento do Artesanato Piauiense (Sudarpi) é um órgão que foi criado em 2017, e está vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Tem por finalidade administrar as políticas e ações em apoio ao desenvolvimento da atividade artesanal no estado do Piauí para assegurar aos artesãos melhores condições para seus negócios.

Foto: Reprodução/Secom Piauí

De acordo com o superintendente do Artesanato Piauiense, Ícaro Machado, o artesanato desempenha um papel fundamental na geração de emprego e renda, além de fomentar o turismo e a cultura. “A produção artesanal proporciona oportunidades de trabalho para mulheres, homens e associações de artesãos. A Sudarpi tem desenvolvido projetos com a finalidade de potencializar, ainda mais, a atividade artesanal no estado”, destaca.

A Central de Artesanato Mestre Dezinho é o local que reúne uma variedade de técnicas e produtos artesanais. Nela é possível encontrar joias como opala, arte santeira, bordados, biojoias, cestaria, cerâmica, couro, além de licores, doces e castanha de caju.

Foto: Reprodução/Secom Piauí

Sudarpi leva produção artesanal para feiras e salões no Brasil

A Superintendência viabilizou a participação do artesanato piauiense em grandes feiras nacionais como a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Feneart), em Recife; Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce) em Fortaleza; 16º Salão do Artesanato, em Brasília; e 34ª Feira Nacional de Artesanato, em Belo Horizonte. Nesses eventos foi gerado em torno de R$ 500 mil em comercialização dos produtos artesanais piauienses estimulando o desenvolvimento econômico deste setor produtivo. Além disso, foi difundido em outros lugares o autêntico artesanato do Piauí.  

Foto: Reprodução/Secom Piauí

Os artesãos participantes dessas feiras concorreram, por meio de edital de chamamento público, para expor, divulgar e comercializar seus produtos.

Ícaro Machado destaca que a Sudarpi entra com a seleção dos artesãos e com o traslado das peças artesanais até essas feiras. “Possuir a Carteira Nacional do Artesão é um dos critérios que adotamos para selecionar aqueles que vão representar o Piauí nas feiras. Também, viabilizamos toda a logística de levar os produtos artesanais para que o artesão possa comercializá-los nas feiras”, pontua.    

Foto: Reprodução/Secom Piauí

Sobre a Carteira Nacional do Artesão

Por meio do Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab),  desenvolvido com o intuito de coletar informações necessárias à implantação de políticas públicas e ao planejamento de ações de fomento para o setor artesanal, é possível realizar a emissão da Carteira Nacional do Artesão.  A carteira é a identificação do artesão, prevista na Lei nº 13.180, de 22 de outubro de 2015, válida em todo o território nacional e com validade de seis anos.

Neste ano, a Sudarpi já realizou o cadastro de 363 novos artesãos no Sicab. De acordo com Ícaro Machado, o intuito é expandir e divulgar, ainda mais, o serviço de cadastro e emissão da carteira. “Estamos buscando para o próximo ano, desenvolver projetos em parceria com as prefeituras municipais do estado para impulsionar o alcance dessas iniciativas e fortalecer a presença do artesanato em toda a região piauiense, assim, beneficiando tanto os artesãos quanto à cultura local”, destaca.

Para realizar o cadastro, o artesão deve apresentar os seguintes documentos: foto 3X4 (recente); comprovante de residência (atual); CPF e RG; PIS/Pasep ou NIT (se contribuir com o INSS). Além disso, deve mostrar fotos ou vídeos do seu produto artesanal mostrando o domínio da técnica. O serviço pode ser realizado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 13h30, na Sudarpi, que fica localizada na Central de Artesanato Mestre Dezinho.  

Segundo a artesã Naiane Campos, é importante ter a carteira Nacional. “Com a carteira, nós artesãos expandimos as possibilidades de aumentar o alcance de nosso trabalho. Assim, podemos ser reconhecidos não apenas no estado do Piauí, como também em outras regiões”, pontua.

O artesão que possui a carteira tem alguns benefícios como a participação em feiras de artesanato nacional e internacionais, em oficinas e cursos de artesanato. Além do acesso a incentivos fiscais, como a isenção do ICMS na comercialização dos produtos artesanais.   

Foto: Reprodução/Secom Piauí