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Beto Faro critica conduta do presidente do Banco Central
O senador Beto Faro (PT-PA), em pronunciamento nesta terça-feira (18), manifestou preocupação com a conduta de Roberto Campos Neto, presidente do B...
18/06/2024 21h14
Por: admin Fonte: Agência Senado

O senador Beto Faro (PT-PA), em pronunciamento nesta terça-feira (18), manifestou preocupação com a conduta de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), e as repercussões na economia do país. O senador ressaltou que a autonomia conferida ao BC por lei complementar tem como objetivo garantir um ambiente econômico estável, com decisões baseadas em critérios técnicos, livres de interferências políticas.

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No entanto, Faro destacou que, desde o início do governo Lula, Campos Neto tem adotado uma postura que diverge desse princípio, e frequentemente tem participado de eventos públicos e emitido declarações controversas que, na sua opinião, geram volatilidade nos mercados financeiros. Para o senador, essas ações comprometem a eficácia das políticas econômicas do governo federal.

— Essas ações não apenas geram incertezas desnecessárias, mas também podem comprometer a eficácia das políticas econômicas do governo federal. Nesse contexto, é pertinente questionar os motivos por trás dessa postura do atual presidente do BC: que outros interesses, que não o zelo pela estabilidade monetária e pelo emprego, estariam motivando essas ações? O presidente do BC tem protagonizado atitudes que causam perplexidade. A militância com setores especuladores tenta, de um lado, pôr fim à trajetória de queda da taxa Selic, alimentando a volta do crescimento dos juros. De outro lado, conspira contra a retomada da atividade econômica no governo Lula, forjando uma realidade fictícia de situação fiscal descontrolada no Brasil — observou.

Faro também mencionou a participação de Campos Neto em um jantar político na residência do apresentador Luciano Huck e questionou a atitude do presidente do BC. Segundo o parlamentar, essa postura pode indicar a existência de uma agenda oculta ou a pressão externa que ameaça a independência da instituição e a confiança dos mercados.

— Cabe a nós a responsabilidade de acompanhar de perto a atuação de Campos Neto e adotar eventuais medidas necessárias para garantir que a postura do presidente do BC esteja alinhada com os princípios de autonomia e responsabilidade que guiam a instituição. Não podemos nos furtar de nossa responsabilidade de zelar pela estabilidade e previsibilidade econômica do Brasil. Não podemos aceitar que um agente público atue contra o país com posturas inadequadas ao cargo exercido, minando a credibilidade do país e gerando graves problemas para o povo brasileiro — advertiu.