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Servidores das agências reguladoras pedem reestruturação das carreiras em audiência pública na Câmara
Categoria quer equiparação salarial com as carreiras de gestão governamental
09/07/2024 17h58
Por: admin Fonte: Agência Câmara

Servidores das agências reguladoras federais cobraram uma reestruturação das carreiras durante audiência pública, nesta terça-feira (9), na Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados.

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Além de alteração nas nomenclaturas dos cargos de nível superior, que passariam de especialista ou analista para auditor federal de regulação em todos os casos, a categoria quer a equiparação salarial com as carreiras de gestão governamental.

Segundo a tabela para os cargos de nível superior das agências reguladoras, o subsídio mensal atualmente varia de R$ 16.413,35 (inicial) a R$ 22.929,74 (final). No grupo gestão, as remunerações vão de R$ 20.924,80 a R$ 29.832,94.

O debate foi sugerido pela deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), presidente do colegiado. Segundo ela, a reestruturação poderá alinhar as práticas das agências com princípios dos direitos humanos e com o desenvolvimento sustentável.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Serviços Públicos, concordou com Daiana Santos. “Energia, água e saúde são fundamentais ao cidadão, por isso as agências voltam ao centro das discussões.”

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Daiana Santos propôs a realização do debate

As agências reguladoras são autarquias federais que supervisionam setores como saúde, energia, recursos hídricos, transportes e telecomunicações, atuando para assegurar a oferta de serviços básicos e a proteção dos direitos dos cidadãos.

Dirigentes
O presidente do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), Fábio Rosa, afirmou que, além da desvalorização salarial em relação a outras carreiras, a falta de pessoal já afeta a saúde dos servidores.

“Para nós, é motivo de muito sofrimento e frustração quando não temos capacidade para dar respostas à população”, declarou. “O que seria do País se não tivéssemos a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] na pandemia?”, acrescentou.

Durante a reunião, o presidente do Comitê das Agências Reguladoras Federais e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello Filho, manifestou o apoio de todos dirigentes das autarquias aos servidores. “São pleitos legítimos.”

Atualmente, conforme Rebello Filho, as agências repassam ao caixa do governo, por ano, R$ 130 bilhões a um custo de R$ 5 bilhões. “Não dá para fazer regulação com corpo técnico reduzido, 60% do Produto Interno Bruto (PIB) passam pelas agências.”

Também participaram da audiência pública o presidente da Associação Nacional dos Servidores Efetivos das Agências Reguladoras Federais (Unareg), Elson da Silva, e outros dirigentes de entidades de servidores federais. Convidado, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos não enviou representante.