O senador Confúcio Moura (MDB-RO) afirmou, em pronunciamento nesta segunda-feira (2), que apesar das perspectivas econômicas positivas para o Brasil, os números não repercutem no dia a dia da população. Para o parlamentar, é preciso desvendar a incógnita do crescimento econômico sustentável no país.
— No Brasil tem alguns fatores, algumas incógnitas, alguns pesos específicos no cálculo matemático da economia que não permitem que o Brasil cresça. Eu fico pensando: qual é esse fator? O que atrapalha esse crescimento? O que faz com que a gente não consiga atingir um crescimento de 4%, 5%, repetido por dez anos, por cinco anos? Qual é o fator? Eu fico imaginando: será que é a desigualdade social? Será que é a imensa distância entre pobres e ricos? Será que é a educação de má qualidade? O que é? Será que é, por exemplo, o contrabando, a ilegalidade, o crime? Quais são os fatores que realmente conspiram para que o país não consiga ter um crescimento definido, crescente, animador? [...] Qual é o fator? Eu acho que é um conjunto sistêmico de fatores que realmente atrapalha esse crescimento nacional e, com isso, ameaça a democracia.
Confúcio Moura destacou que o Brasil vai virar a oitava maior economia do mundo até o final do ano, com a previsão de atingir aproximadamente R$ 2,4 trilhões de produto interno bruto (PIB) líquido em 2024. Para o senador, é preciso que o país abra a economia, facilitando o investimento de empresários.
— Nós temos que demonstrar segurança jurídica para que os investimentos estrangeiros venham para o nosso Brasil, para garantir ferrovias, por exemplo, concessões de saneamento. Nós temos um compromisso com o povo brasileiro, [...] que é o marco do saneamento básico. Até 2033, nós devemos ter 100% de água tratada para todos os brasileiros e 91% de esgoto sanitário. Mas, eu pergunto: com que dinheiro nós vamos fazer tudo isso? Então, a gente precisa abrir a nossa confiabilidade internacional para a captação desses recursos para esses investimentos em água, esgoto e em outras obras de infraestrutura para o nosso país.