O ex-secretário Especial de Comunicação Fabio Wajngarten afirmou nesta quarta-feira (12), na CPI da Covid, que os entes políticos envolvidos em tomadas de decisão para o combate à covid-19 deveriam ter criado uma atmosfera para fechar rapidamente o contrato com a Pfizer para a aquisição de imunizantes no ano passado.
Em depoimento aos senadores, o ex-secretário afirmou que a empresa mandou uma carta ao governo em setembro para tratar do tema. Em agosto, a empresa já tinha oferecido 70 milhões de doses, que seriam entregues em pequenas quantidades a partir de dezembro. Como a negociação foi adiada, a aquisição ocorreu apenas posteriormente, e as vacinas começaram a chegar em abril.
"Havia uma decisão difícil. Razão pela qual os entes políticos deveriam ter criado de forma mais rápida uma atmosfera para a celebração mais rápida do contrato como foi feito depois pelo presidente Pacheco". Ele se refere ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, autor de um projeto que garantiu segurança jurídica aos laboratórios em caso de atraso na entrega ou de eventuais efeitos colaterais do imunizante.
A existência de cláusulas consideradas inicialmente abusivas pelo governo é a justificativa apontada pela gestão Jair Bolsonaro para não ter concretizado a compra de vacinas do laboratório em meados do ano passado.