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Polícia Federal prende 5 suspeitos de fraudar empréstimos de servidores do Piauí

Ao todo, 26 policiais federais cumprem as ordens judiciais.

25/08/2020 às 12h22 Atualizada em 26/08/2020 às 07h54
Por: admin
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Foto: divulgação PF
Foto: divulgação PF

A Polícia Federal deflagrou a segunda fase da operação Margem Livre, que visa apurar empréstimos consignados junto à Caixa Econômica Federal, obtidos ilegalmente, com falsificação de documentos em nome de servidores públicos estaduais.  Cinco mandados de prisão e quatro mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Teresina. O prejuízo ao banco com com obtenção ilícita de empréstimos é estimado em R$ 149 mil. 

"Avalia-se que o montante seja maior, considerando a habitualidade e reiteração de conduta dos integrantes do consórcio criminoso", informou nota da PF. 

O alvo da operação, desta terça-feira (24),  é o núcleo da associação criminosa e principais articuladores. A superintendente da Polícia Federal, Mariana Calderon, informou como o núcleo decisório da organização tinha acesso aos contracheques. 

"As investigações apontaram que essa organização criminosa tinha acesso aos contracheques dos servidores públicos estaduais, faziam um filtro, uma seleção, daqueles que tivessem uma margem consignada maior e com uso de documentos falsos obtinham junto à Caixa e em benefício dessa organização criminosa, os referidos empréstimos fraudulentos. O prejuízo à Caixa Econômica  calcula-se diretamente R$ 150 mil aproximadamente, contudo, como se trata de uma quadrilha que tem reinteração ao longo do tempo, estima-se que esse prejuízo possa ser muito maior", destacou a superintendente.

A Polícia Federal não informou para quem são os mandados, declarou apenas que entre eles está o falsificador dos documentos e que eles não seriam funcionários da Caixa ou servidores públicos. Disse ainda que os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências em Teresina. 

Os investigados podem responder pelos crimes de estelionato qualificado, falsificação e uso de documentos público e privado, além de associação criminosa, cujo somatório de penas pode alcançar 19 anos de reclusão.

Ao todo, 26 policiais federais cumprem as ordens judiciais. O nome da operação faz referência à margem consignável, ou margem livre, constante no contracheque dos servidores públicos e usada pelo grupo criminoso para a obtenção dos empréstimos fraudulentos.

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