Em menos de dez dias após o crime, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o suspeito de matar o mototaxista Antônio de Sousa Rocha, 79 anos, assassinado a tiros na Avenida Maranhão, em Teresina. O suspeito identificado como Raimundo Alves da Costa, 66 anos, é um policial militar aposentado que também trabalhava como mototaxista, mas não tinha registro.
O coordenador da especializada, delegado Francisco Costa, o Baretta, conta que o suspeito foi preso nesta segunda-feira (19), no bairro Mocambinho, zona Norte. Em depoimento, ele relatou um desentendimento com a vítima que conhecia desde 2001.
"Não foi possível prendê-lo em flagrante, mas foi preso hoje. Representamos pela prisão, o mandado saiu hoje e pela manhã mesmo a equipe deu cumprimento. O suspeito alega que, de um tempo pra cá, a vítima começou a dizer que era dono do ponto de mototáxi e isso gerava conflitos. No dia do crime, ele disse que chegou cedo e a vítima depois. Aí de desentenderam, houve xingamentos, foram as vias de fato até que a arma do suspeito caiu. Nesse momento, ele narrou que a vítima o acertou com um pedaço de madeira. Então, pegou a arma", conta o coordenador do DHPP.
Baretta destaca que a agressão sofrida pelo PM aposentado foi confirmada por meio de exame. Na semana passada, familiares e amigos da vítima se manifestaram em frente ao DHPP pedindo Justiça.
"A Polícia Civil fez seu papel e agora é deixar com o Poder Judiciário. Ele não esboçou nenhuma reação, o revólver calibre 38 foi apreendido e ele disse que não tinha licença, fato que não cabe a nós, pois o município tem um órgão responsável por fazer a fiscalização de quem é ou não clandestino. Nosso papel era prender. Não foi possível o flagrante, mas representamos e hoje foi dado o cumprimento dessa ordem judicial", esclarece Baretta.
O PM já foi recolhido ao presídio militar. O delegado Divanilson Sena- que preside a investigação- tem dez dias para concluir o inquérito policial.
"Entramos em contato com a Corregedoria Geral da Polícia Militar para o receberem no presídio militar, mas ele se encontra à disposição da Justiça. A investigação é de responsabilidade do DHPP que tem dez dias para concluir o inquérito, uma vez que ele está preso preventivamente", concluiu o o delegado Baretta.
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