A Polícia Civil do Piauí confirmou na manhã desta sexta-feira (20) que um homem foi preso suspeito de aplicar o "golpe do boleto falso" - chamado bolware – que altera o código de barra dos pagamentos. No último dia 9, um empresário também foi preso em flagrante dentro de uma agência bancária de Teresina suspeito de aplicar o mesmo golpe.
O preso – que não teve o nome divulgado só as iniciais de A. S. da S- vai responder pelos crimes de associação criminosa e estelionato na modalidade golpe de boleto. A ação ocorreu na cidade de Pio XII, estado do Maranhão e o suspeito residia em um condomínio de luxo em Teresina.
Segundo informações do titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), delegado Anchieta Nery o homem é especializado na prática de estelionato no ambiente virtual e líder de uma quadrilha na capital.
“As investigações avançaram e foi possível a identificação de outros integrantes da associação criminosa, sendo que na manhã do dia 19, após vários dias de diligências, a equipe da DRCI, com apoio da Gerência de Polícia Especializada (GPE), logrou êxito na localização e prisão do investigado apontado como o líder do bando criminoso estabelecido em Teresina e especializado na prática reiterada de Estelionato no ambiente virtual”, explica o delegado.
Ainda de acordo com o delegado Anchieta Nery, o suspeito já responde por mais de cinco processos criminais em Teresina.
“O investigado preso residia em um condomínio de luxo na zona Leste de Teresina, porém havia saído da cidade pouco antes da sua prisão. Ele já responde a mais de cinco processos criminais na comarca de Teresina. Novas investigações serão iniciadas para identificar demais envolvidos”, ressalta Anchieta Nery.
A Polícia Civil do Piauí também faz um alerta à população em geral para sempre verificar a conta de destino antes de efetivar o pagamento de boletos bancários e ficar cada vez mais atenta com suas atividades no ambiente virtual.
Segundo a polícia, se tem observado uma crescente expansão da criminalidade no cyberespaço, com a migração de criminosos de práticas de crimes violentos (tráfico, roubo, sequestro etc.) que redirecionam suas atividades ilícitas para os delitos virtuais (crimes cibernéticos), onde inclusive o potencial lesivo dos crimes financeiros pode ser maior.