O suspeito de ser o executor do assassinato de Geraldo de Sousa Brito, 70 anos, prestou depoimento à Polícia Civil na segunda-feira (9). O delegado Célio Benício, que investigou o caso, disse que o homem afirmou que o filho da vítima lhe prometeu R$ 10 mil para que ele agredisse o idoso.
O crime aconteceu em novembro de 2020, na cidade de Bertolínia, Sul do Piauí, e o suspeito, que não teve o nome revelado, foi preso no sábado (6), em Imperatriz (MA). O filho do idoso está preso desde dezembro, suspeito de ser o mandante do crime.
"Ele disse que foi dez mil para dar uma surra na vítima e defendeu-se dizendo que quem matou foi o filho do idoso e não ele, mas essa é só a versão dele", informou o delegado.
A esposa do homem também foi presa, porque, segundo a polícia, ela acompanhava o autor no dia do homicídio. "Ele disse que a esposa ficou só de ir buscá-lo em Bertolínia e que ficou sabendo da situação só depois", afirmou Célio Benício.
O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público, que denunciou o homem, a mulher e o filho da vítima por homicídio duplamente qualificado: por motivo torpe e ação que impediu a defesa da vítima.
Delegacia de Polícia Civil em Uruçuí, no Sul do Piauí, investigou o crime — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Geraldo Brito foi encontrado morto na manhã de 11 de novembro, na zona rural da cidade de Bertolínia. Ele foi baleado na cabeça e teve seu carro levado. O veículo foi encontrado abandonado próximo à cidade de Jerumenha. Cerca de um mês depois, o filho foi preso.
A polícia desconhece a real motivação para o crime, mas, segundo o delegado, pai e filho tinham uma relação complicada. "Eles tinham conflitos, muitas brigas. Ele é filho adotivo da vítima e a suspeita é que tenha mandado matar o pai por conta desses desentendimentos", disse Célio Benício.
Segundo o delegado, o idoso e o filho moravam em uma mesma casa, com uma filha, uma neta da vítima e a esposa do filho. A família informou que a vítma tinha se recuperado da Covid-19 dias antes de ser assassinado.