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Agência Brasil explica: o que é o retinoblastoma

Teste do olhinho é necessário para diagnosticar a doença

01/02/2022 às 17h56
Por: admin Fonte: EBC
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© Marcello Casal jr/Agência Brasil
© Marcello Casal jr/Agência Brasil

Ainda não tão conhecido do público em geral, existe um tipo de câncer que acomete crianças e atinge os olhos, podendo ter consequências graves. É o retinoblastoma, tumor maligno que se aloja nas retinas de meninos e meninas.

Essa modalidade de câncer, em geral, atinge crianças com idades entre 2 e 5 anos. Ela é responsável por 2% a 4% de todos os casos de câncer em crianças em todo o mundo a cada ano.

Segundo o médico oftalmologista e professor do curso de Medicina da Universidade Católica de Brasília Anderson Gustavo Teixeira Pinto, a doença é genética e pode ser hereditária.

Para fazer a identificação dessa condição médica, há exames importantes. Um deles é o teste de olho vermelho, também conhecido como teste do olhinho, realizado após o nascimento. Ele pode detectar problemas congênitos envolvendo os olhos.

Mas como a doença pode se manifestar até os cinco anos, Anderson Pinto ressalta que é fundamental fazer exames oftalmológicos pelo menos uma vez por ano para conferir se a criança possui alguma doença.

Além dos exames, alguns sintomas e sinais podem aparecer e por isso é importante que os pais fiquem atentos a alterações na visão e em comportamentos de seus filhos.

“Como a doença acomete crianças de até 5 anos, elas não têm capacidade de conversar com os pais. Quando há desvio do olho, quando crianças botam as mãos nos olhos ou é possível ver reflexo nas fotos vermelho, é sinal de que precisa de cuidado”, recomenda o profissional.

Os exames e a atenção dos pais, destaca o médico, são fundamentais para que haja o diagnóstico precoce do retinoblastoma. Quanto mais cedo ele for descoberto, mais leve o tratamento e maiores as chances de sucesso.

Anderson Pinto explica que, a depender do grau de avanço, é possível tratar o tumor com laser ou com métodos como quimioterapia e radioterapia. “Em lesões mais avançadas podemos até ter que retirar os olhos do paciente. Quando é muito grave, pode evoluir a óbito”, diz.

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