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Amarante ganha Museu das Letras do Piauí “Casa Odilon Nunes”

Essa é mais uma etapa do projeto de requalificação do centro histórico do município

28/03/2022 às 12h15
Por: admin Fonte: Secom Piauí
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Foto: Reprodução/Secom Piauí
Foto: Reprodução/Secom Piauí

Um espaço dedicado aos grandes nomes da literatura piauiense. O Museu das Letras do Piauí “Casa Odilon Nunes” foi entregue, nesse domingo (27), em Amarante. O casarão onde nasceu e viveu o renomado historiador piauiense e filho de Amarante, Odilon Nunes, abriga agora o Museu das Letras do Piauí. O local já funcionava como uma casa de cultura, sob a gestão do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

“Essa é mais uma etapa do projeto de requalificação do centro histórico de Amarante. No ano passado entregamos a restauração e arte da escadaria Da Costa e Silva, seguida pelo Museu Casas de Amarante. A última etapa, autorizada pela vice-governadora Regina Sousa, inclui a requalificação da Avenida Desembargador Amaral. Fico feliz em entregar mais um espaço de cultura para o Piauí”, afirma o secretário estadual da Cultura, Fábio Novo.

O museu, que homenageia grandes nomes da literatura piauiense e brasileira, como Da Costa e Silva, Clóvis Moura, Amélia Beviláqua, Alberto da Costa e Silva, dentre outros, é dividido em oito seções. A primeira seção mostra a produção literária ligada ao ciclo do couro. Nesse espaço são retratados os vaqueiros, o sertão, as fazendas e currais, o rio Parnaíba, junto a elementos que compõem a saga do ciclo do coco.

A segunda seção é dedicada aos historiadores e a Odilon Nunes. Nesse espaço está o quarto que pertenceu a Odilon, junto com objetos pessoais e parte da biblioteca. A história do Piauí tem um destaque especial na sala. A terceira seção homenageia os indígenas do Piauí. O cenário, assinado por Moisés Rego, retrata as principais tribos indígenas do Estado, os índios do Cerrado, e figuras como Mandu Ladino, índio escravizado que comandou a Revolta que leva seu nome (1712-1719), resistindo à dominação de colonizadores.

A próxima seção é dedicada aos negros afrodescendentes. O espaço ganha uma exposição com negros do Piauí, um vídeo em homenagem à Esperança Garcia, reconhecida como primeira advogada piauiense ao escrever uma carta ao governador da Província, em 1770, denunciando os maus-tratos que sofria. Um vídeo com Alberto da Costa e Silva fala sobre a história da África e afro-brasileira. A sala possui uma seção especial para Clóvis Moura, sociólogo, escritor e filho de Amarante.

A Sala Azul, quinta seção, é dedicada aos românticos e poetas, com destaque para Da Costa e Silva e para a poetisa Amélia Beviláqua. O cenário azul é assinado pela artista plástica Iana Cerqueira. Em um dos cantos da sala o visitante pode ver ainda a escrivaninha que pertenceu a Da Costa e Silva.

A modernidade e suas revoluções é o tema da sexta seção. O cenário, feito por Paulo Vasconcelos e Moisés Rego, fala sobre a revolução tecnológica e o impacto na literatura. Nessa sala são exibidos três vídeos, incluindo vídeos de Torquato Neto e H. Dobal, e um terceiro vídeo falando sobre o pré-modernismo.

A sétima seção leva o visitante ao alpendre do casarão, onde foi montada uma linha do tempo, com 48 seções que retratam os principais autores piauienses, grupos literários, academias e periódicos.

“A última seção é um espaço dedicado ao “Piauiês”. Um vídeo gravado em 18 lugares do Piauí mostra a influência dessa cultura linguística tão presente no nosso Estado. Também estão presentes peças que já estavam no acervo do casarão, incluindo peças da farmácia de Eliazar Pereira, bem como do historiador e escritor Nazim Castro, além de peças de costura e fiação, comércio e arquitetura”, diz o arquiteto Paulo Vasconcelos, responsável pelo projeto.

O museu conta ainda com auditório, um pátio dedicado às crianças e inspirado na obra de Fontes Ibiapina, além de um Café das Letras. As obras foram realizadas pela Secult, com apoio do Sistema de Incentivo Estadual de à Cultura (Siec) e patrocínio do Paraíba.

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