Um homem foi preso nesta quarta-feira (13) em Teresina suspeito de participar de uma organização criminosa que roubava dados bancários de vítimas usando mensagens com links maliciosos. Segundo a Polícia Civil, a organização criminosa, que teria outros gerentes, teria causado prejuízos na ordem de R$ 300 milhões.
A organização é investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal desde 2019. No final de março, um homem e uma mulher foram presos em Goiânia, no Goiás, suspeitos de liderarem a organização criminosa. Eles atuavam há cerca de dez anos cometendo as fraudes.
Os criminosos usavam mensagens, enviadas por aplicativo, para conseguir os dados bancários das vítimas. A polícia não deu detalhes do método utilizado. As mensagens traziam links que, quando as vítimas clicavam, instalavam um programa espião que furtava os dados bancários.
Em seguida, os criminosos faziam operações bancárias, para furtar dinheiro das contas, e distribuíam o dinheiro para contas bancárias de pessoas usadas como “laranjas”, para dificultar as investigações.
Segundo a Polícia Civil do DF, o casal cometia, em média, três fraudes por mês, e recrutou outras pessoas para repetir o golpe em outros estados do país.
Segundo o delegado Mateus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada da Polícia Civil do Piauí, o suspeito preso em Teresina seria um “gerente” dentro da organização, responsável por organizar as pessoas que conseguiam as contas bancárias das vítimas.
O homem foi preso em uma casa no bairro Gurupi, na Zona Sudeste de Teresina. Ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes de Teresina, e nos próximos dias deve ser transferido para um presídio no Distrito Federal.