A Hemovigilância é o conjunto de procedimentos de vigilância que abrange todo o ciclo do sangue (da coleta até a transfusão no leito hospitalar), com o objetivo de prevenir o aparecimento ou recorrência de eventos adversos, melhoria da qualidade dos processos, produtos e aumento da segurança transfusional.
O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), alinhado às melhores práticas de segurança e buscando minimizar os incidentes transfusionais dentro das redes de saúde do estado, firmou, nessa segunda-feira (14), o Acordo de Cooperação Técnica que tem como objetivo a elaboração do Protocolo Estadual de Transfusão Segura (PETS).
A parceria foi realizada entre o Hemopi, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), o Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI), o Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI), a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e a Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado do Piauí (Divisa-PI)
“É de extrema importância a implementação desse protocolo, para promoção do ato transfusional seguro, pois a hemotransfusão é uma prática comum na rotina dos profissionais da enfermagem e médicos”, afirma a enfermeira Samara Lima Léda, responsável pelo setor de Hemovigilância do Hemopi.
A médica hematologista Karina Nava, gerente técnica do Hemopi, ressalta que a assinatura do Termo de Cooperação é a primeira etapa para a elaboração do PETS. “Passaremos agora as discussões no grupo de trabalho, formalizado pela assinatura do termo, para efetivar o protocolo. Após a elaboração, o PETS será apresentado formalmente a todos os diretores de unidades hospitais da rede pública e privada atendida pelo Hemopi, e em seguida, deve ser efetivado dentro da rotina das unidades de saúde”, explica.
Para superintendente de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo, além do protocolo, é necessário também realizar um programa de educação continuada, pois há uma significativa rotatividade entre os profissionais que atuam nos serviços hospitalares. “A transfusão de sangue é considerada por muitos como um procedimento simples, mas não é. Exige atenção em todas as etapas, por isso toda a equipe precisa estar alinhada, seja nos casos de transfusões eletivas ou de urgência. O protocolo é uma garantia de mais segurança aos pacientes”, ressalta Dirceu.
A assessora técnica da presidência da Fundação Municipal de Saúde, Clara Leal, destaca a importância da organização para os processos de trabalho. “Toda a rede de saúde é regida por processos que são essenciais para o seu pleno funcionamento. Com as transfusões não é diferente. Sabemos da dificuldade em implantar novas rotinas, no entanto, sabemos que a segurança do paciente é uma prioridade. Por isso, a FMS se coloca a favor, pois sabe que é necessário”.
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