A Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE) deflagrou nesta quinta-feira (22), a Operação Conexão Artificial, que investiga alvos por associação/conexão com o tráfico de drogas sintéticas e semissintéticas no estado do Piauí. Ao todo, já foram presos 8 acusados de um grupo de quase 10 pessoas investigadas durante o ano de 2020 e 2021, sendo que alguns permanecem presos até o momento.
Em entrevista, o titular da Depre, o delegado Luciano Alcântara, informou que a operação é o desfecho de quase 1 ano de investigação relacionada à produção e comercialização das drogas modificadas no estado. O delegado explica que não foram prisões aleatórias e sim, que os integrantes se conhecem e têm conexões de diversos níveis.
Diante disso, após meses de investigação e com os indícios suficientes do cometimento dos crimes de associação para o tráfico, foi representado pelas prisões preventivas dos investigados, sendo que após parecer favorável do Ministério Público e deferimento do Juiz da Central de Inquéritos de Teresina, foram expedidos os mandados de prisão preventiva e busca e apreensão dos alvos da referida operação.
“Todos esses alvos estão conectados, ou por algo específico ou entre eles. A maioria deles se conhece. Não foram prisões aleatórias. É uma investigação que levou como foco pessoas que moravam em condomínios de luxo da capital. Hoje deflagramos a operação e prendemos os alvos por associação para o tráfico. Dentre esses alvos, foi preso um rapaz em flagrante em Luís Correia. Os mandados são de Cajueiro da Praia, Barra Grande, Parnaíba e Teresina”, explicou o delegado
A reportagem obteve acesso com exclusividade ao organograma que mostra os investigados e presos na operação de hoje. Conforme Luciano Alcântara, o acusado que aparece no meio do gráfico, identificado pelas iniciais B.L.P.P, é o centro da investigação. Ele fugiu do cerco policial durante uma ação da Depre na praça dos skatistas, na zona Leste de Teresina, em 2020. Ele chegou a ser preso em Luís Correia ainda ano passado, mas teve duas prisões preventivas derrubadas e estava em liberdade. No entanto, ele acabou sendo preso novamente. As demais pessoas do organograma foram presas por associação ao tráfico.
A Operação Conexão Artificial contou com o apoio operacional da Delegacia Regional de Parnaíba, Diretoria de Inteligência da PCPI e Diretoria de Inteligência da PMPI. A reportagem teve acesso ainda, de forma exclusiva, às conversas entre os alvos mostram o processo de comercialização e o nível de conexão do grupo. Dentre as drogas apreendidas ao longo das investigações, estão a Skank, Haxixe, Crumble, MDMA e Ecstasy.