A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) efetivou o Plano Integrado de Enfrentamento de Doenças Tropicais Negligenciadas (DNTs) do Piauí durante uma oficina realizada, nesta terça-feira (31), no Centro de Formação Professor Odilon Nunes, em Teresina. Entre os agravos estão a hanseníase, a tuberculose, a leishmaniose, as doenças de Chagas e as micoses sistêmicas.
“O plano visa compreender a complexidade do nosso sistema de saúde e as barreiras sociais e econômicas que perpetuam essas condições. O plano não visa apenas diagnosticar e tratar, mas erradicar as raízes que permitem que essas doenças persistam”, destacou Leila Santos, superintendente de Atenção à Saúde e Municípios da Sesapi.
O plano apresenta uma proposta de quatro anos, priorizando as macrorregiões de saúde e considerando a realidade local de cada região, respeitando seus elementos sociais e a sua população. Dessa maneira, a expectativa é proporcionar medidas ajustadas que levem melhor qualidade de atendimento à população, melhorando os indicadores dessas doenças no estado.
A elaboração do plano contou com a participação de atores intra e interinstitucionais, uma vez que a implementação das ações de prevenção e controle das doenças negligenciadas requer uma rede integrada de vigilância e atenção à saúde, considerando a Atenção Básica como ordenadora da Rede de Atenção à Saúde (RAS) e Coordenadora do cuidado.
Além da equipe técnica da Sesapi nas áreas de vigilância, assistência e controle social, a formatação do documento contou com a participação e colaboração do NHR Brasil, do Centro de Inteligência em Agravos Tropicais Emergentes e Negligenciados (CIATEN) e do Movimento de Reintegração dos Acometidos pela Hanseníase (MORHAN).
“Esse plano é uma iniciativa do estado do Piauí e um exemplo para o país, porque é o primeiro que junta as várias doenças negligenciadas para fazer uma programação matricial para o controle desses agravos. Dessa forma, o gestor terá oportunidade de identificar suas áreas de maior risco e investir recursos para o controle dessas doenças”, frisou Carlos Nery, coordenador do CIEATEN.