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Paim denuncia aumento de casos de racismo no Brasil

O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, em pronunciamento nesta segunda-feira (19), o aumento dos casos de racismo no Brasil. O parlamentar afirmou ...

19/02/2024 às 16h53
Por: admin Fonte: Agência Senado
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 - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
- Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, em pronunciamento nesta segunda-feira (19), o aumento dos casos de racismo no Brasil. O parlamentar afirmou que o problema é estrutural e atinge todas as regiões do país, sendo uma realidade presente nos mais diversos aspectos da vida cotidiana.

Paim destacou o caso de um homem negro que foi detido pela polícia militar do Rio Grande do Sul após sofrer uma tentativa de homicídio por um homem branco, no sábado (17). O senador também criticou um caso ocorrido em Salvador, durante o Carnaval, quando um jovem negro foi agredido por seguranças sob a acusação de roubo, mas não estava envolvido no ocorrido.

— São exemplos alarmantes dessa realidade repugnante que acontece em todo o país. O que estamos presenciando são sintomas de um problema maior e mais profundo. Estudos mostram que os negros representam uma proporção alarmante dos mortos pela polícia em diversos estados brasileiros, evidenciando a violência sistemática e desproporcional enfrentada por essa comunidade. Conforme estudo da Rede de Observatórios da Segurança Pública, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) e divulgado em novembro do ano passado, os negros são 87% dos mortos pela polícia nos oito estados pesquisados em 2022: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Ceará, Piauí, Maranhão e Pará.

O parlamentar ressaltou que o Senado aprovou, em 2020, projeto que veda a conduta de agente público fundada em preconceito de qualquer natureza, notadamente de raça, origem étnica, gênero, orientação sexual ou culto religioso ( PL 5.231/2020 ). Segundo Paim, a proposta foi “engavetada” na Câmara dos Deputados.

— É fundamental que a Câmara vote esse projeto. O mundo todo debate a abordagem do policial e os países estão se adaptando aos novos tempos, mas no Brasil não é feito nada! A abordagem como era há 20, 30, 40, 50 anos continua sendo da mesma forma hoje — disse.

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