A Secretaria para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid), em parceria com a Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e a Escola de Governo, realizou, nesta terça-feira (23), um evento em comemoração aos 22 anos da Lei de Língua Brasileira de Sinais (Libras). A Lei 10.436, de 2002, reconheceu a Libras como meio legal de comunicação e expressão no Brasil.
O evento aconteceu no auditório da Secretaria e foi organizado pelos alunos e professores do programa Entenda minhas Mãos, uma iniciativa do Governo do Piauí, por meio da Seid, em parceria com a Uespi, que visa capacitar servidores públicos dos órgãos estaduais na Língua Brasileira de Sinais. Na ocasião, a professora de Libras, Kelly Lemos, palestrou sobre a história da língua e os avanços e conquistas da comunidade surda.
O secretário da Seid, Mauro Eduardo, lembrou a importância do aprendizado da Libras para garantir os direitos das pessoas surdas. “Nós somos um país bilíngue, é importante chamarmos a atenção da sociedade sobre esse direito tão importante. Nós só conseguimos viabilizar o acesso à informação se todos tivermos o conhecimento necessário para que a comunidade surda seja, de fato, incluída.”
A gerente da Escola de Governo, Raquel Guedelha, coordenadora do Entenda Minhas Mãos, afirma que, além de um valor educacional, o projeto tem um grande valor social. “Buscar essa capacitação é uma atitude altruísta, porque além de estarem se capacitando, os alunos ajudarão pessoas que procuram os serviços públicos. Nós, enquanto servidores públicos, ajudando essas pessoas que vão procurar os serviços, os atendimentos, estaremos removendo as barreiras comunicacionais. Isso é inclusão. Além da acessibilidade, no sentido da arquitetura, nós também temos que pensar nessa questão da comunicação”, afirma.
Maria Jacobina, servidora da Escola de Governo e aluna do projeto, sempre teve vontade de aprender a Língua Brasileira de Sinais. “Quando eu via pessoas surdas se comunicando, eu ficava encantada. Quando eu ia a algum evento ou palestra, prestava mais atenção no intérprete do que no palestrante. Hoje, eu consigo me comunicar em Libras e isso, para mim, é uma vitória muito grande, sou muito agradecida a esse projeto”, enfatiza a aluna.