O Hospital Getúlio Vargas (HGV) realizou, nessa quinta-feira (9), sua primeira cirurgia de correção de malformação congênita no coração, conhecida como Comunicação Interatrial (CIA), tipo Ostium Primum. A não correção desse tipo de anormalidade pode causar um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o paciente ir a óbito. O procedimento de alta complexidade foi realizado com sucesso e o paciente passa bem.
Natural do município de Corrente, o paciente, de 26 anos, sentia dor no peito e cansaço, decorrentes da malformação. “A Comunicação Interatrial é um tipo de cardiopatia congênita e, entre as doenças decorrentes de anormalidades na estrutura do coração, desenvolvidas durante a fase embrionária, é uma das mais frequentes. Mas a que operamos hoje é mais rara e bem mais complicada”, explica o cirurgião cardiovascular, Daniel Siqueira.
Segundo o cirurgião, o fechamento do CIA tipo Ostium Primum é pouco comum e bem mais difícil de ser realizado. "Esse paciente, além desse problema, tinha um defeito na válvula mitral, que situa-se na abertura entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. Então, foi preciso fazer uma plástica nessa válvula e o fechamento do orifício. Por isso, toda essa complexidade. Mas o paciente reagiu bem ao procedimento”, afirma o médico.
A diretora-geral do HGV, Nirvania Carvalho, destaca que o HGV tem recebido investimentos do Governo do Estado, através da Secretaria da Saúde, possibilitando a realização de procedimentos de alta complexidade, como este.
“Temos recebido equipamentos novos para oferecer serviços de qualidade. Esse é um compromisso do Governo em melhorar o atendimento especializado aos pacientes", afirma a gestora.