A diplomata Ana Lélia Benincá Beltrame teve seu nome aprovado para o cargo de embaixadora do Brasil em São Vicente e Granadinas pela Comissão de Relações Exteriores (CRE), em reunião nesta quarta-feira (14).
A indicada graduou-se em direito pela Universidade Federal de Santa Maria (RS) em 1975 e ingressou no Instituto Rio Branco em 1983. Os últimos cargos que ocupou foram o de cônsul-geral em Toronto, no Canadá (2016 a 2020) e, desde 2020, o de cônsul-geral em Rivera, no Uruguai.
A MSF 26/2024 , encaminhada pelo Executivo, foi relatada e lida pela senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), em reunião presidida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Agora, a indicação será apreciada pelo Plenário.
— No que se refere às relações e às condições da embaixadora, todas atendem ao critério, por isso o nosso relatório só reconhece toda a competência, o trabalho e condições plenas de exercício — disse a senadora Dorinha.
País insular nas Pequenas Antilhas, ao leste do Mar do Caribe, São Vicente e Granadinas é uma monarquia constitucional parlamentarista e tem como base de sua economia o turismo e a agricultura.
A relação diplomática com o Brasil compõe-se de acordos nos setores de agricultura, cooperação educacional e cultural e assistência humanitária. No que se refere ao intercâmbio comercial, dados de 2023 apontam para um fluxo comercial de cerca de US$ 5 milhões, valor esse composto pelo total de exportações do Brasil ao país caribenho, não havendo registro de fluxos de importações significativas.
Segundo a diplomata, São Vicente e Granadinas tem importância geopolítica e estratégica por estar na margem marítima antagônica da Amazônia brasileira.
— O nosso comércio com a embaixada fechada [em 2020 no governo Jair Bolsonaro] caiu pela metade. Queremos retomar essa pauta do comércio e trazer para o patamar de US$ 10 milhões, que era o esperado. Com cooperação técnica como contrapartida — afirmou Ana Lélia.