Acolhimento e cuidado no transporte de pacientes em uma unidade hospitalar de saúde são fundamentais. Assim é o trabalho dos profissionais maqueiros, responsáveis por conduzir os pacientes para os leitos, centro cirúrgico, bem como pela realização dos exames e transferências. No Hospital Getúlio Vargas (HGV), por exemplo, esse trabalho é realizado pela Central de Maqueiros, que apresenta um novo conceito de trabalho voltado para a humanização e acolhimento ao paciente, desde a porta de entrada no hospital até a sua alta médica.
O maqueiro é uma célula importante do hospital, desde que o paciente chega até a sua volta para casa. É o caso do seu Jair Pedro da Silva, que trabalha no HGV há 31 anos.
“Entrei aqui em 1993, no dia 5 de outubro. No início, fui lotado na limpeza, mas surgiu a oportunidade de ser maqueiro e já estou na profissão há 20 anos. Me dediquei tanto que participei de treinamentos para saber transportar corretamente um paciente após cirurgias de coluna. Por isso, quando eu vou transportar um paciente, eu examino logo que tipo de coluna vou pegar, cada uma tem um jeito especial de fazer. A gente tem uma responsabilidade muito grande com o paciente, o pessoal pensa que é só médico e enfermeiro, mas o maqueiro também é importante, pois é ele que transporta, e se ele transportar mal, pode lesionar uma pessoa e o caso ficar muito mais grave”, explica seu Jair com conhecimento no assunto.
Sempre preocupado com a sua capacitação, Jair relata que participa também de outros treinamentos. “Eu gosto de participar para aprender a ajudar um paciente, caso seja necessário. Por isso que eu falo: a gente tem que ter muito amor pelo próximo. Tem gente que me acha chato, mas é que eu gosto das coisas bem feitas, corretas. Esse é meu trabalho, meu ganha-pão. Tenho amor pelos pacientes. O paciente é tudo”, fala emocionado.
Atualmente, lotado no setor de imagens, Jair fala da sua fé e dos seus sonhos. “Eu sou católico, acredito muito no Senhor, acredito na vida eterna e não sou contra as religiões, mas creio que temos um Deus, e nós temos que seguir só esse Deus. Para a gente melhorar, a gente tem que ter amor. Meu sonho é estar bem com minha família, com saúde. Só isso já basta, porque a saúde é tudo. Eu entendi isso depois que perdi minha mãe; eu fiquei muito triste. Hoje eu participo de todos os treinamentos. Se eu tivesse o treinamento sobre parada cardiorrespiratória, como eu já tenho, eu teria conseguido ajudar minha mãe quando enfartou”, relata emocionado.