A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta terça-feira (18) a criação de uma terceira divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino para 2022, que receberá o nome de Série A3. Com a mudança, o número de clubes em torneios nacionais adultos passará de 52 para 64.
"Vivemos um momento de muita maturidade das competições adultas femininas, com o aumento da competitividade entre os clubes e uma visibilidade cada dia maior. Permitindo que novas equipes ingressem no circuito nacional de competições, a divisão A3 ajudará muito no aumento do mercado de trabalho para as atletas, além de incentivar o fortalecimento das categorias de base dos clubes, que ganham um calendário maior e mais estruturado", declarou Aline Pellegrino, coordenadora de Competições Femininas da CBF, ao site oficial da entidade.
A Série A3 terá 32 participantes, sendo os 27 campeões estaduais, os quatro clubes mais bem colocados no ranking nacional masculino da CBF e uma equipe oriunda do estado melhor posicionado entre as federações de futebol feminino do país. O torneio será realizado em formato mata-mata, com jogos de ida e volta. Os quatro semifinalistas garantem acesso à Série A2 (segunda divisão).
Os campeões estaduais que já figurem nas Séries A1 (primeira divisão) ou A2 serão substituídos pelos times que ficarem imediatamente atrás deles nos respectivos torneios. Caso alguma das equipes classificadas pelo ranking masculino da CBF desista da Série A3 ou esteja nas divisões superiores, ela dará lugar à agremiação que aparecer na sequência da lista.
Com o surgimento da terceira divisão, a Série A2 também sofrerá mudanças. Atualmente com 36 clubes, o torneio terá apenas 16 participantes, como ocorre na Série A1. O formato, porém, será diferente. As equipes serão divididas em quatro grupos com quatro integrantes, que se enfrentam em dois turnos. Os dois melhores de cada chave avançam para o mata-mata, que terá partidas de ida e volta. Quatro agremiações serão rebaixadas à Série A3.
Mantendo a política de acelerar o desenvolvimento da modalidade, o #BrasileiraoFeminino ???????? do próximo ano movimentará 64 clubes de todo o país. Além disso, a disputa da Supercopa Feminina, que reunirá oito equipes entre as melhores classificadas no Brasileiro A-1 e A-2 de 2021. pic.twitter.com/fOHGJysZq0
— Brasileirão Feminino (@BRFeminino) May 18, 2021
No ano que vem, a divisão de acesso reunirá os 12 times classificados às oitavas de final deste ano e que não conquistarem a promoção à primeira divisão, além dos quatro rebaixados da Série A1. Segundo a CBF, a mudança permite às equipes da Série A2 terem um calendário fixo a partir da próxima temporada.
A Série A1 segue com os 16 participantes se enfrentando em turno único na primeira fase e as oito melhores campanhas avançando às oitavas de final. A diferença a partir de 2022 é que os dois últimos colocados, não mais os quatro, serão rebaixados à Série A2.
Outra novidade para 2022, anunciada em fevereiro, é a Supercopa do Brasil de Futebol Feminino, que reunirá oito equipes que estejam entre as 12 mais bem colocadas da Série A1 e as quatro melhores da Série A2. A previsão é que o torneio, em formato mata-mata, ocorra entre fevereiro e março e abra a temporada.