Estudante de medicina da Uespi desenvolve a plataforma MedStudyHub
Com o avanço das tecnologias digitais e o crescimento da inteligência artificial, novas formas de aprendizagem têm emergido dentro e fora das unive...
06/05/2025 às 10h05
Por: adminFonte: Secom Piauí
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Foto: Reprodução/Secom Piauí
Com o avanço das tecnologias digitais e o crescimento da inteligência artificial, novas formas de aprendizagem têm emergido dentro e fora das universidades. Em meio a esse cenário, surge uma iniciativa desenvolvida no coração do ensino público piauiense: o MedStudyHub, uma plataforma criada pelo estudante de medicina da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Victor Prudêncio, com o objetivo de tornar o estudo na área da saúde mais acessível, personalizado e colaborativo.
A ferramenta reúne recursos tecnológicos que permitem a criação e o compartilhamento de conteúdos entre estudantes, como bancos de questões, mapas mentais, simulados e resumos gerados por inteligência artificial. Voltado não apenas para estudantes de medicina, mas para toda a área da saúde, o projeto aposta na construção coletiva do conhecimento por meio de uma rede integrada de usuários. “A plataforma não foi pensada só para medicina. Qualquer estudante da área da saúde pode criar grupos, compartilhar questões e usar as ferramentas de IA para potencializar os estudos. É uma forma de democratizar o acesso a recursos que hoje são muito caros e limitados”, explica Victor Prudêncio.
A concepção do MedStudyHub nasceu a partir de uma inquietação pessoal diante dos altos custos das plataformas tradicionais de estudo para exames e residências médicas. Segundo Victor Prudêncio, muitos serviços disponíveis no mercado chegam a cobrar mais de R$ 1.000 por mês, o que torna o acesso desigual entre estudantes. “Vi que existia uma dependência de plataformas caras e inacessíveis. Como estudante de uma universidade pública, comecei a pensar em alternativas viáveis e percebi que poderia criar algo semelhante, utilizando as ferramentas que já estão ao nosso alcance, como a inteligência artificial”, conta.
Foto: Reprodução/Secom PiauíMedStudyHub conecta tecnologia e educação na área da saúde
O desenvolvimento do MedStudyHub durou mais de um ano, sendo intensificado nos últimos seis meses, período em que o projeto passou a ganhar forma. Sem formação em programação, ele mergulhou nos estudos por conta própria, conciliando a rotina intensa do curso de medicina com a criação da plataforma. “Foi um processo desafiador. Aprendi o básico de programação, investi em ferramentas de IA e precisei montar toda a estrutura do site. Fiz isso praticamente sozinho, com apoio financeiro do meu pai e com sugestões pontuais de colegas que testaram a plataforma durante o processo”, afirma.
Entre os principais recursos oferecidos pelo MedStudyHub estão: criação de questões personalizadas por IA; resumos automáticos de temas complexos; geração de mapas mentais com base no conteúdo estudado; simulados adaptados à banca de concursos ou exames de residência e rede social de estudo entre estudantes de diferentes cursos da saúde.
Além disso, a plataforma aposta em um modelo de acesso híbrido: uma parte gratuita, com uso vitalício para responder questões, e planos pagos com valores acessíveis para quem quiser ampliar o uso das ferramentas. “A base gratuita é vital. Questões estarão sempre disponíveis de forma livre. Já os planos pagos devem custar entre R$ 40 e R$ 50 mensais, oferecendo uso ilimitado das ferramentas de IA, simulados personalizados, entre outros recursos”, explica.
A plataforma está atualmente em fase de testes com cerca de 115 usuários, oriundos de diferentes universidades brasileiras. Os primeiros feedbacks têm contribuído para melhorias contínuas. “A ideia é que o próprio uso da comunidade alimente e fortaleça a plataforma. Questões geradas pelos usuários, por exemplo, serão reaproveitadas para enriquecer o banco de dados, sempre respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)”, afirma Victor Prudêncio.
Após essa etapa inicial de testes e divulgação, Victor planeja expandir o número de usuários, aprimorar as ferramentas mais utilizadas e estudar a viabilidade de registro de patente da plataforma, protegendo sua autoria e incentivando a continuidade do desenvolvimento. “Estamos ouvindo os usuários e ajustando a plataforma com base em como eles a utilizam. A intenção é focar nas ferramentas que realmente fazem diferença para quem está estudando. A longo prazo, penso em patentear a ideia e talvez levar o projeto para parcerias com instituições públicas”, projeta.
A versão em testes da plataforma já está disponível, e qualquer estudante interessado pode acessar gratuitamente pelo link: https://medstudyhub.me/ .