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Casa em que criança morreu eletrocutada tinha portas e janelas energizadas, segundo a polícia

A gente sabia, há tempos falava, ‘vizinho, desligue isso, já morreram cachorros aí, ainda vai morrer criança aí’.

25/07/2020 às 06h27 Atualizada em 26/07/2020 às 07h28
Por: admin
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Havia intenção deliberada de, cedo ou tarde, prejudicar uma vida humana”, avaliou.
Havia intenção deliberada de, cedo ou tarde, prejudicar uma vida humana”, avaliou.

O delegado Danúbio Dias, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Teresina, informou que a casa onde Alice Silva, de 8 anos, morreu eletrocutada nesta sexta-feira (24), tinha todas as portas e janelas energizadas.

“Havia intenção deliberada de, cedo ou tarde, prejudicar uma vida humana”, avaliou.

Ainda segundo o delegado, a energia usada pelo proprietário da casa, que ainda não foi localizado e nem identificado, era proveniente da casa vizinha. Contudo, a polícia ainda investiga se o fornecimento era autorizado ou não. Dias informou que a Equatorial Piauí fará uma avaliação técnica.

Ele disse que a ação de energizar cerca, portas e janelas foi intencional e foi feita de forma rudimentar.

“Ele ligou portas e janelas diretamente no fio de energia da residência ao lado. Colocou a ponta dos fios desencapados nas portas e janelas. Qualquer pessoa ou animal levaria um choque elétrico se tocasse ali”, descreveu o delegado Danúbio Dias.

Ele disse que o dono da casa ainda não foi identificado e nem localizado e que ele provavelmente seria linchado pelos vizinhos, que ficaram revoltados após a morte de Alice e depredaram a casa.

Sobre a acusação à qual o homem irá responder, o delegado disse que dependerá das investigações.“Depende de várias coisas. Se há um possível dolo eventual ou culpa, consciente ou não. Esses detalhes é que vão determinar o rumo de um indiciamento. É preciso saber se houve intenção ou não de matar”, explicou.

Menina morreu eletrocutada

Alice Silva, de 8 anos, morreu na manhã desta sexta-feira (24) no conjunto Parque Brasil II, na Zona Norte de Teresina, após tocar em uma cerca eletrificada da casa de um vizinho.

Uma vizinha, Teresinha de Jesus, contou que as crianças bateram palmas diante da casa para chamar o morador, que não apareceu. Ela então saiu de casa e presenciou a situação. Teresinha relatou ao G1 que a cerca já estava eletrificada havia algum tempo e que animais já haviam morrido eletrocutados.

“A gente sabia, há tempos falava, ‘vizinho, desligue isso, já morreram cachorros aí, ainda vai morrer criança aí’. Ele achava que não daria em nada. O resultado hoje é esse, uma criança faleceu”, lamentou.

 

Fonte: G1

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