Já escassos por conta das manobras econômicas para conter os efeitos da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, os concursos públicos tendem a ser cada vez mais raros na União, estados e municípios.
Suspensos até 2021, como contrapartida de estados e municípios para o recebimento de auxílio financeiro da União, os certames devem diminuir após a reforma administrativa, que mexerá na realidade do funcionalismo público.
Nessa quarta-feira (9/9), o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender o congelamento dos concursos públicos. A intenção do governo é ampliar as contratações temporárias.
Para Guedes, a alternativa é investir em soluções tecnológicas para reduzir as admissões. “Quando você dá um choque digital, a taxa de reposição cai bastante. Se aposentam 10 pessoas, contratamos uma ou duas”, destacou o ministro durante um debate sobre a reforma administrativa promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).
A própria reforma administrativa já prevê certames apenas para reposição nas chamadas carreiras típicas de Estado. Para outras áreas, haverá uma seleção. Com as mudanças, o ministro estima uma economia de R$ 300 bilhões em 10 anos.