O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (28.ago.2021) que tem 3 opções de futuro: ser preso, morrer ou a “vitória”. Ele discursou em encontro com líderes evangélicos em Goiânia. Criticou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), governadores e voltou a defender o chamado tratamento precoce contra covid-19, com remédios sem eficácia comprovada.
Eu tenho 3 alternativas para o meu futuro: estar preso, ser morto ou a vitória. Pode ter certeza: a 1ª alternativa, estar preso, não existe. Nenhum homem aqui na terra vai me amedrontar”, declarou.
Bolsonaro disse que seria “muito fácil” para ele seguir o politicamente correto, mas que para isso ele teria que rasgar o trecho da Constituição que fala das liberdades individuais ao criticar o “fique em casa” durante a pandemia. Ele voltou a comprar governadores e prefeitos com “protótipos de ditadores” por suas medidas restritivas e de fechar o comércio.
“Não pensem que muitos querem me tirar daqui em nome da volta da normalidade e da democracia. Querem me tirar daqui pelo poder. A abstinência do dinheiro fácil os torna belicosos. Os fazem reunir, os fazem conspirar. Digo uma coisa a eles: Deus me colocou aqui e somente Deus me tira daqui.”
O presidente criticou também o TSE, dizendo que este abre brecha para que juízes dos tribunais regionais eleitorais protejam seus governadores ao desmonetizar canais no YouTube. Disse que o TSE fez isso com canais bolsonaristas.
Bolsonaro convocou os evangélicos a participarem dos atos em seu favor marcados para 7 de setembro e disse que, apesar dos problemas que o Brasil enfrenta, como a crise hídrica, só sai do cargo por vontade de Deus.
“Temos um presidente que não deseja e nem provoca rupturas, mas tudo tem um limite em nossas vidas, não podemos continuar convivendo com isso”, afirmou.
Em seu discurso, o presidente ainda defendeu o uso de remédios sem comprovação científica contra covid-19 como a ivermectina e a hidroxicloroquina. Perguntou quem da plateia já havia tomado os remédios e disse que as vacinas também eram “experimentais”, apesar de os imunizantes usados no Brasil já serem comprovadamente eficazes.