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Alta da gasolina: quais são os fatores responsáveis pelo aumento do preço?

Dólar em alta, valorização do petróleo e impostos são alguns dos motivos

20/09/2021 às 08h33
Por: admin Fonte: As informações do Uol/Band
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om a alta do dólar e da inflação em geral, o poder de compra fica cada vez menor.
om a alta do dólar e da inflação em geral, o poder de compra fica cada vez menor.

Com o dólar em alta e a valorização do petróleo, controlar o aumento do preço da gasolina não é uma missão fácil. Com a queda do poder de compra do brasileiro, essa alta pesa ainda mais no orçamento. 

Em média, o litro da gasolina está custando R$ 6,05 no Brasil. Se compararmos com o mercado externo, é quase igual à média mundial, que é de R$ 6,24.

Entretanto, a maioria dos países com combustível mais caro que, tem também salários mais altos, moeda valorizada e menos taxação de impostos.

Segundo o presidente do Sincopetro-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), José Alberto Paiva Gouveia, os altos impostos são os principais responsáveis pelos altos preços no Brasil. “Nós temos PIS/Cofins, Cide e ICMS, que levam quase 45% do preço que o consumidor paga na bomba, então praticamente 50% são impostos”, explica.

Outro problema, de acordo com Gouveia, é a alta no preço do etanol anidro, misturado à gasolina, com um percentual de 27%.

Com a alta do dólar e da inflação em geral, o poder de compra fica cada vez menor. Hoje, com um salário mínimo (R$ 1,1 mil), o brasileiro consegue encher até três vezes um tanque de 50 litros e não sobra dinheiro para quase nada.

No Chile, onde a gasolina é mais cara que no Brasil (R$ 6,34 o litro), o motorista consegue encher o tanque ao menos sete vezes com o salário mínimo. No Japão, o litro do combustível sai por R$ 7,32, mas o salário mínimo é suficiente para encher o tanque ao menos vinte vezes no mês.

Apesar de o Brasil produzir petróleo, a Petrobras também compra combustível no mercado externo e, com isso, fica refém do preço cobrado em dólar.

Paulo Roberto Feldmann, professor de economia da FEA-USP (A Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo), explica que, antes da pandemia da Covid-19, o barril de petróleo era vendido por cerca de US$ 20 e agora o valor pulou para aproximadamente US$ 80. Com a alta do dólar, o Brasil acaba pagando ainda mais caro. 

Feldmann também conta que o preço do petróleo é definido na bolsa de valores de Chicago, nos Estados Unidos, que reúne os principais produtores, como Rússia, Venezuela e países árabes.

Mesmo sem ter o maior faturamento ou ser a maior produtora, a Petrobras foi a que mais lucrou entre as grandes do setor no mundo, com US$ 8,1 bilhões no segundo trimestre de 2021. Na sequência vem a norte-americana Shell, com US$ 5,5 bilhões e meio de dólares de lucro, mesmo tendo faturamento três vezes maior que a brasileira.

Para um futuro distante há previsões de mudança. A tendência Europeia de usar carros elétricos pode diminuir o poder das nações produtoras de petróleo e, consequentemente, reduzir o valor do barril, segundo a avaliação do professor de economia da USP.

 

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