Aconteceu nessa terça-feira (27) o julgamento do réu Luiz Alvez Ferreira, pelo crime de homicídio qualificado por feminicídio, no qual foi sentenciado a 19 anos e cinco meses de reclusão em regime fechado. A condenação foi conseguida pelo Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça com atuação no Tribunal do Júri, representado pelo promotor de Justiça João Malato Neto.
O crime aconteceu no dia 3 de março de 2016, por volta do meio dia, na região do “Canta Galo”, zona rural de Batalha. De acordo com as apurações, o acusado assassinou a ex-companheira, Maria dos Remédios de Sousa Coêlho, com três golpes de faca. A motivação do crime seria o fato da vítima se recusar a conciliação com Luiz, devido às constantes agressões e ameaças de morte.
Nos autos do processo consta que a vítima estava separada do réu há um mês e foi até a residência para pegar alguns objetos pessoais, no entanto ela foi abordada pelo ex-companheiro, que desferiu três golpes de faca contra ela, duas atingiram o coração de Maria. Logo depois o acusado fugiu levando a arma do crime.
“Esse crime, à época dos fatos, causou grande repercussão na sociedade de Batalha, fazendo com que a população local clamasse por justiça em virtude da violência e da covardia de mais um crime de feminicídio cometido”, destaca o promotor João Malato Neto.
A sentença foi prolatada pela magistrada titular em Batalha, Lidiane Suely Marques Batista. Antes do início da sessão do júri, o Poder Judiciário realizou a testagem sanguínea em todos os participantes, para detecção de eventual contaminação por covid-19 e prevenção do contágio.