Com a possibilidade de uma nova onda da covid-19, principalmente depois do surgimento da variante Ômicron, que é considerada de preocupação, pois tem 50 mutações, várias prefeituras do país estão suspendendo as festividades de fim de ano e carnaval 2022 como forma de combate ao vírus. No Piauí, até o momento, três já anunciaram o cancelamento das festas públicas, são elas: Teresina, Floriano e Luís Correia.
Nesta quinta-feira (02), o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (MDB) confirmou o cancelamento das festas na capital como forma de medida preventiva contra a covid-19. Em nota, o gestor destacou que segue as orientações do Comitê de Operações Emergenciais (COE) do município, que se reúne constantemente para avaliar o cenário da pandemia a nível mundial.
Em Floriano, o prefeito Joel Rodrigues (PP) afirmou que depois da análises de números epidemiológicos, a equipe foi unânime pela não realização de festas de grande porte. O gestor ressaltou que não haverá festa de réveillon e nem a realização do carnaval oficial da prefeitura em 2022.
Joel Rodrigues explicou que alguns pontos foram levados em consideração para esta decisão, como o aparecimento de casos no Brasil da Ômicron, a nova variante do coronavírus, a lotação dos leitos do Hospital Regional Tibério Nunes e a posição de municípios vizinhos negativa às grandes festas públicas.
“Sabemos que a organização de um carnaval se inicia com vários meses de antecedência e, diante das incertezas, não é possível fazer contratações e deliberar gastos para um evento que dificilmente aconteceria. Se Deus quiser este tempo de incertezas passará e teremos uma bela festa de aniversário da cidade e um carnaval 2023 grandioso”, disse o a assessoria da Prefeitura de Luís Correia informou que apenas os eventos públicos estão suspensos na cidade. Festividades particulares poderão ser realizadas, desde que sigam as orientações de segurança contra covid-19.
Ômicron: o que se sabe sobre a nova variante
No último dia 26 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a B.1.1.529 como variante de preocupação e escolheu o nome “ômicron”. Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta.
A ômicron foi originalmente descoberta na África do Sul. Ela é considerada de preocupação, pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína "spike" (a "chave" que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).