Não sem motivo, com olhos na reeleição que se torna cada vez mais uma mera miragem no deserto das intenções de votos, ele está destinando R$ 1,7 bilhão para reajustar salários de policiais federais – e somente de policiais federais.
A sensibilidade política de Bolsonaro não vai mesmo além de praias e jet-ski. Servidores públicos, dos mais diversos setores, foram e já ameaçam greve: a primeira delas, no dia 18 de janeiro.
Para o mês seguinte, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) já agendou uma greve geral.
A reação de Bolsonaro será a mesma de sempre: chamará o Exército de “meu Exército”, ameaçará colocar tropas nas ruas, promoverá todo tipo de repressão. Como se não tivesse sido ele próprio o pivô da paralisação.
Os policiais precisam, sim, de reajuste salarial, como todos os funcionários públicos. Aliás, todos os brasileiros estão na mesma situação – 12,9 milhões se encontram em condições piores ainda, porque estão desempregados.
Será que há algum motivo especial (investigações, por exemplo) para que ele agrade a PF?