O corpo da servidora pública da Prefeitura de Teresina, a professora Wana Sara Cavalcante Henrique, de 39 anos, foi encontrado dentro de uma galeria na manhã de domingo (6). A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros. A professora estava desaparecida desde a noite de sexta-feira (4).
Segundo o Corpo de Bombeiros, o corpo de Wana Sara foi localizado na saída de um bueiro, em um ponto próximo à Floresta Fóssil, a poucos metros de chegar ao Rio Poti. Três equipes faziam buscas no percurso da galeria usando um cão farejador e com barcos e mergulhadores no Rio Poti.
Ela estava desaparecida desde às 22h40 desta sexta-feira (4), depois que seu carro caiu em uma cratera no cruzamento da avenida Homero Castelo Branco e rua Eustáquio Portela, na zona Leste da capital, durante uma forte chuva que provocou destruição em várias regiões da cidade. O carro foi retirado do bueiro na manhã deste sábado (5), mas não havia ninguém dentro.
Wana Sara era professora da Secretaria Municipal de Educação de Teresina (Semec) e atualmente estava na gerência da superintendência de Educação da zona Leste.
Antes da tragédia, Wana esteve na academia e depois encontrou a irmã e algumas amigas em restaurante, e quando começou a chover, resolveram ir embora. Cada uma estava em seu veículo e ela resolveu seguir pela Homero Castelo Branco, que já tem histórico de ser uma avenida perigosa durante as chuvas.
Segundo o delegado Paulo Gregório, do 5º Distrito Policial, uma investigação deve ser realizada sobre o caso para verificar se houve omissão ou culpa na morte da professora. "A princípio, trata-se de uma morte acidental por afogamento. Mas vamos aguardar a perícia e o laudo do Instituto Médico Legal (IML)", disse.
Populares tentaram avisá-la para seguir pela avenida, mas ela teria resolvido enfrentar a forte correnteza e o carro de passeio não teve forças para passar por ela. O veículo foi levado direto para uma cratera que está aberta na rua Eustáquio Portela, onde a prefeitura realiza uma obra de galeria, para tentar ajudar na drenagem destas águas na região.
A previsão de término dessa obra era de dez dias, caso não chovesse, mas a obra teve a entrega adiada. A nova data para entrega definida foi o dia 12 de fevereiro.
O auxiliar de logística, Diego Castro, contou ao g1 como ele e outras pessoas testemunharam o carro sendo “engolido” pela cratera. Ele disse que o veículo chegou a ficar inclinado por uns minutos entre a pista e o buraco, mas que com a força das águas foi arrastado para dentro.
Imagens feitas de um prédio próximo ao local, mostram uma luz branca dentro do veículo, que seria de um celular e supostamente no banco traseiro (vídeo acima).
veja as imagens do carro sendo arrastado.
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