O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta quinta-feira, 4, manifestantes que foram às ruas protestar contra o seu governo e que se autointitulam antifascistas. Ele chamou os integrantes de grupos que pretendem ir às ruas no próximo domingo, 7, de "marginais" e "viciados" e pediu que as pessoas não participem dos atos.
"Não compareçam a esse movimento que esse pessoal não tem nada a oferecer para nós. Muitos são viciados. Eles querem o tumulto. Domingo, ninguém comparece. É um pedido meu. Os 'antifas', novo nome dos black blocs, querem roubar sua liberdade", disse o presidente ao fazer referência aos grupos que foram as ruas durante a crise que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O presidente também solicitou que os pais não deixem os filhos irem. Segundo Bolsonaro, "não é liberdade de expressão, é quebra-quebra. Não é porque tem uma faixa escrito 'democracia' que os caras estão defendendo a democracia."
"Deixem eles (manifestantes contrários) mostrar o que é democracia para eles", disse Bolsonaro. "Eu não estou torcendo para ter quebra-quebra, mas a história nos diz que esses marginais de preto que vão com soco inglês, punhal, barras de ferro e coquetéis molotov, geralmente, apedrejam bancos, queimam estações de trem e outras coisas mais", disse o presidente.
Bolsonaro voltou a dizer que os manifestantes são terroristas e reclamou da cobertura da imprensa. "Não conseguimos tipificar como 'terroristas' no passado porque - e isso veio da época do governo Dilma - colocaram uma vírgula dizendo 'exceto grupos sociais'. Lamentamos."
O presidente fez a transmissão ao vivo ao lado de seu assessor para assuntos internacionais, Filipe G. Martins, que endossou o discurso crítico de Bolsonaro aos atos: "Eles usam esse termo 'antifas', mas todo brasileiro conheceu em 2013 os black blocs, que quebraram tudo e fizeram arruaça."