Em três anos de funcionamento, o serviço de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial no Hospital Regional Justino Luz, em Picos, já realizou uma média de três mil atendimentos de urgência e emergência a pacientes com traumas ou deformidades na face. Desse quantitativo, 1.800 foram pareceres e 1.200 procedimentos cirúrgicos.
Para o cirurgião bucomaxilofacial Kim Veloso, que está à frente do serviço desde a implantação, o fluxo de atendimentos de urgência e emergência é crescente com traumas de face e tratamentos de infecção. “É notório o aumento no número de pacientes que dão entrada no Justino Luz para atendimentos com traumas e casos cirúrgicos de face. Diversos fatores provocam isso, como o aumento significativo de acidentes em motocicletas, sem o uso de capacete, casos de violência doméstica, acidentes de trabalho ou durante práticas esportivas”, destaca o médico.
Kim Veloso enfatizou ainda que além do benefício de correção de fraturas da face, o paciente da bucomaxilofacial geralmente apresenta politraumatismo e precisa de cirurgias feitas em conjunto com outras especialidades como a neurocirurgia, cirurgia geral, otorrinolaringologista, oftalmologista e ortopedia para o restabelecimento das funções do paciente.
A diretora-geral do HRJL, Ana Lígia Meira, destaca a importância do serviço de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial para a região de Picos. “É gratificante resolver aqui mesmo no hospital o problema do paciente que precisa de cirurgia bucomaxilofacial, sem precisar ir para Teresina. Isso é bom para o paciente, para os familiares e também para a agilidade do serviço. E o nosso pleito junto à Sesapi é para ampliar esse serviço atendendo também a parte ambulatorial bucomaxilofacial, descentralizando ainda mais e desafogando a fila SUS da capital”, destaca a gestora.
Já o superintendente de Gestão da Rede de Média e Alta Complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo, pontuou que o plano visa ao fortalecimento dos atendimentos já realizados nas unidades do interior do estado e a expansão de novos serviços. “Nossa meta é melhorar cada vez mais os serviços da rede pública estadual, evitando que o paciente precise se deslocar em busca de atendimento e seja atendido próximo ao seu domicílio. Com isso, teremos mais rapidez e menos necessidade de regulação para a capital”, concluiu o gestor.