Há dez anos, o Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP) iniciou seu programa de tratamento da doença falciforme, um problema complexo e de condição genética hereditária que afeta a estrutura das células vermelhas do sangue, causando uma série de complicações médicas sérias. Dados de 2022 revelam que 402 crianças foram diagnosticadas com a doença no Piauí. Deste total, 398 pacientes foram matriculadas no Serviço de Referência em Triagem Neonatal e 337 encontram-se em tratamento com acompanhamento regular.
“Celebramos mais um marco importante: 10 anos de tratamento dedicado e cuidados especializados para pacientes afetados por esta condição genética. Este momento não apenas marca uma década de progresso médico, mas também é um testemunho da resiliência e solidariedade que define os profissionais que trabalham para enfrentar os desafios desta doença”, afirma o diretor do HILP, Ribamar Bandeira.
Desde o seu início, o programa de tratamento da doença falciforme no HIP adotou uma abordagem holística para lidar com os desafios complexos que essa condição apresenta. “Por meio de uma equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais de saúde, o Hospital Infantil oferece uma gama completa de serviços, incluindo monitoramento médico regular, terapia de transfusão de sangue, gerenciamento da dor, suporte psicológico e educação do paciente e da família”, destaca a hematologista pediátrica, Maria Aline Cerqueira.
O programa de tratamento da doença falciforme no HILP tem sido uma fonte de esperança e apoio para centenas de pacientes e suas famílias. “Graças aos cuidados médicos especializados e intervenções oportunas, muitos pacientes têm conseguido gerenciar os sintomas da doença e levar vidas mais saudáveis e produtivas", pontua a coordenadora do Serviço de Referência em Triagem Neonatal no HILP, Alessandra Forte.
Além do tratamento médico, o hospital também tem desempenhado um papel vital no fornecimento de recursos educacionais e apoio emocional para pacientes e familiares, ajudando-os a entender melhor a doença e a desenvolver estratégias eficazes para lidar com seus desafios.“Além disso, é essencial a promoção e a conscientização pública sobre esta doença e a importância do teste do pezinho para identificar portadores da doença”, reforça a pediatra Gildene Alves.