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Mourão critica ida de Lula à Rússia e cobra homenagem a brasileiros da 2ª Guerra

Em pronunciamento no Plenário nesta quinta-feira (8), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula...

08/05/2025 às 16h20
Por: admin Fonte: Agência Senado
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 - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
- Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta quinta-feira (8), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de comparecer à parada militar em Moscou nesta sexta-feira (9), data em que a Rússia comemora o fim da 2ª Guerra Mundial e a vitória contra os nazistas. Para o parlamentar, a presença do chefe do Executivo brasileiro em um evento que reúne líderes estrangeiros sem relação histórica com a atuação do Brasil no conflito é um gesto político sem justificativa.

— O Brasil não lutou na frente russa e, antes de declarar guerra às potências do Eixo, estava alinhado com as democracias ocidentais. Como é perigosa essa atitude do nosso presidente, nessa viagem despropositada, comprometendo o futuro do país daqui por diante, passível de ser tomado como aliado de autocratas assassinos, inimigos da paz mundial, da liberdade dos povos e dos direitos humanos. Neste momento em que se desencadeia uma guerra comercial sem precedentes, o alinhamento geopolítico do Brasil com inimigos declarados do Ocidente, sem motivos que o justifiquem a não ser a ideologia, é, para dizer o mínimo, uma temeridade — afirmou.

Mourão destacou que o presidente deixou de considerar o 80º aniversário do Dia da Vitória, comemorado nesta quinta, 8 de maio, e de prestar homenagem aos mais de 25 mil brasileiros que integraram a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e o 1º Grupo de Aviação de Caça, que atuaram na Europa ao lado dos aliados.

O senador lamentou ainda que a contribuição brasileira para o fim da guerra seja pouco lembrada no país. Ele ressaltou que a atuação das tropas brasileiras foi decisiva para a libertação da Itália, para a segurança do Atlântico Sul e para o alinhamento do Brasil aos princípios das democracias ocidentais. Para Mourão, a memória dos ex-combatentes ainda vivos, que hoje somam pouco mais de 50, deveria ser respeitada com homenagens oficiais à altura do sacrifício.

— É grave o deliberado esquecimento do que o Brasil fez na 2ª Guerra Mundial, na qual teve um papel importante, evitando que o conflito se estendesse à América do Sul, contribuindo para a segurança da navegação aliada no Atlântico Sul, ajudando a libertar a Itália do domínio fascista. Aqui fica a minha homenagem a todos aqueles que combateram na 2ª Guerra Mundial e que, com seu sangue, regaram o solo italiano — concluiu.

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