O ministro Paulo Guedes, da Economia, já avisou à sua equipe: sem a reeleição no ano que vem do presidente Jair Bolsonaro, o tempo se fechará para todos. Então, a ordem é só uma: gastar, gastar tudo o que possa ser gasto para evitar a derrota.
A arrecadação de impostos voltou a bater num teto que eles não julgavam possível. Inflação em alta, mesmo que sacrifique os brasileiros mais pobres, deverá permitir algo como mais R$ 10 bilhões para investimentos no próximo ano.
O pagamento do auxílio emergencial será prorrogado. O programa Bolsa Família, com outro nome, será inflado. Tudo de acordo com o que Guedes havia antecipado na reunião ministerial de abril do ano passado quando disse sem saber que era gravado:
“Vamos fazer o discurso da desigualdade, vamos gastar mais para eleger o presidente”.
O discurso da desigualdade já foi coisa da esquerda para alcançar o poder e nele manter-se. Guedes e Bolsonaro estão dispostos a se apropriar do discurso. As reformas econômicas podem esperar.