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CPI: assessor de Pazuello diz que Teich o convidou para o ministério

Airton Cascavel disse que aceitou cargo em maio de 2020, mas só foi nomeado no fim de junho por dificuldades burocráticas

05/08/2021 às 12h30
Por: admin Fonte: R7
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A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (5) o depoimento do empresário Airton Antônio Soligo, amigo e homem de confiança do ex-ministro Eduardo Pazuello.

Segundo as investigações da comissão, Airton Cascavel, como é mais conhecido, teria atuado informalmente durante meses no Ministério da Saúde, sem ter vínculo com o setor público.

Ele explicou que o minsitro Nelson Teich o chamou para ser seu assessor no cargo em maio, mas caiu três dias depois de chamá-lo. Pazuello manteve o convite, mas problemas burocráticos da pasta atrasou sua nomeação, que só ocorreu no fim de junho.

"Também soube que houve certa rejeição ao meu nome, e isso atrasou um pouco", afirmou, sem dar mais informações o depoente.

O empresário e político explicou em sua fala inicial na CPI que conheceu Pazuello por sua atuação na Operação Acolhida, em Roraima, e foi chamado por ele para o ministério quando o general do Exército assumiu a secretaria da pasta, em abril de 2020.

Ele contou que Pazuello o chamou para ajudar o ministério com seus conhecimentos empresariais e de gestão. E disse ter ficado chocado com a falta de conhecimento do ministro da época, Nelson Teich. Soligo teria contado a Pazuello a impressão que teve da primeira reunião que participou no governo.

"General, eu vi uma coisa muito séria. Falta um conhecimento aqui do que é o SUS, do que é  o Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselha Nacional de Secretarias Municipais), porque as decisões são tripartites, tomadas pelas três esferas. Há pactos, não é o ministro sozinho que decide nada."

O empresário disse ter ficado chocado com o relato de seu filho, que vivia no Amazonas, contando que a pandemia de covid-19 estava matando mais gente do que imaginava. 

"Lá em Manaus presencio a cena mais impactante da minha vida. Fui lá no hospital Delfina Aziz, onde acabei ficando internado, e vi corpos e corpos sendo embarcados para o cemitério. E vi escavadeiras enterrando pessoas nas ruas, na primeira onda de covid em Manaus."

 

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