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Bolsonaro sinaliza participação em atos no feriado de 7 de setembro

Presidente, que está em Manaus e entrou moradias populares, está em rota de colisão com ministros do STF e tenta angariar apoio 

18/08/2021 às 14h45
Por: admin Fonte: R7
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Um dia após a notícia do cancelamento do desfile militar de 7 de setembro, Dia da Independência, ser divulgada, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou que participará de eventuais atos em favor do seu governo no dia 7 de setembro caso eles ocorram. 

"Me perguntaram onde estarei no dia 7 de setembro. Estarei onde o povo estiver", disse o chefe do executivo federal, nesta quarta-feira (18), durante entrega de moradias populares em Manaus (AM).

Ontem, o ministro da Defesa, Braga Netto, afirmou que estão suspensos, por ordem do presidente, os tradicionais desfiles do feriado. A razão é a pandemia de covid-19.

"Com relação à 7 de setembro, eu até pedi para passar a orientação, uma nota que eu passei para os comandantes (das Forças Armadas). A determinação, inclusive, foi do próprio presidente da República”, afirmou o ministro da Defesa durante audiência conjunta de três comissões da Câmara dos Deputados.

A declaração ocorre em meio à polêmica em torno de protestos que estão sendo organizados por simpatizantes e opositores de Bolsonaro no mesmo dia, na avenida Paulista, em São Paulo. Decisão judicial veda o uso da via para atos de grupos ideologicamente opostos com o objetivo de evitar confrontos.

Também ontem, a Polícia Civil do Distrito Federal abriu um inquérito para apurar ameaças a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) feitas pelo cantor Sergio Reis e outras pessoas em áudios que circularam nas redes sociais no último fim de semana.

Nas gravações, Sergio Reis diz que os caminhoneiros vão parar o país em setembro se o Senado não retirar alguns dos ministros do STF. "Se em 30 dias não tirarem aqueles caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria”, declara o artista.

Em um vídeo, Sergio Reis, ao lado de supostos caminhoneiros, reforça as ameaças:  "Vocês [senadores] têm 72 horas para aprovar o voto impresso e tirar todos os ministros do Supremo Tribunal Federal. Não é um pedido, é uma ordem. É assim que eu vou falar com o presidente do Senado. Isso é uma ordem."

Bolsonaro está em rota de colisão com ministros do STF e o presidente da corte, ministro Luiz Fux, se reúne com o chefe do Senado, Rodrigo Pacheco o (DEM-MG), e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, recém-empossado, hoje, para discutir a crise entre os poderes da República.

Os encontros ocorrem em meio à crise institucional entre os Poderes Executivo e Judiciário. Bolsonaro informou que levará ao Senado um pedido de abertura de processo contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, que também preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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