O novo comandante do Exército Brasileiro, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, tomou posse nesta terça-feira (20) em substituição ao general Edson Leal Pujol, que ocupou o cargo de janeiro de 2019 até 30 de março de 2021. A troca de comando foi realizada em solenidade em Brasília.
Nem o novo comandante e nem o presidente Jair Bolsonaro, que participou do evento, discursaram. O ministro da Defesa, o general Braga Netto, falou e disse que é preciso respeitar o rito democrático e o projeto escolhido pela maioria dos brasileiros para conduzir os destinos do país e que o país precisa estar unido contra iniciativas de desestabilização que alterem o equilíbrio entre os poderes.
"O Exército, a Marinha e sua Força Aérea mantém o foco em suas missões contitucionais", afirmou.
Segundo Braga Netto, "enganam-se aqueles que acreditam estarmos sobre um terreno fértil para iniciativas que possam colocar em risco a liberdade conquistadas por nossa nação".
"A sociedade, atenta a essas ações, tem a certeza de que suas Forças Armadas estão preparadas e prontas a servir aos interesses nacionais", disse.
A fala remete ao polêmico tuíte do ex-comandante do Exército, o general Villas Boas, em 2018, dias antes de um julgamento que o STF (Supremo Tribunal Federal) faria em relação a pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para não ser preso - Lula havia sido condenado em segunda instância.
"Asseguro à nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais", afirmou Villas Bôas à época.