O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), Omar Aziz (PSD-AM), confirmou na manhã desta quinta-feira (29) que os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich serão os primeiros a prestar depoimento à comissão. Eles participarão remotamente na condição de testemunhas na terça-feira da semana que vem (4).
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Na quarta-feira (5), é a vez de Eduardo Pazuello, ex-titular da Saúde. Na quinta-feira (6), o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres.
Aziz afirmou que a convocação do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten será decidida na próxima terça-feira.
O relator Renan Calheiros falou que serão pedidos pela comissão documentos que mostrem como foram as negociações para compras de vacinas e remédios utilizados no combate à pandemia e todos os dados que detalham a transferência de recursos para os Estados da federação e o Distrito Federal.
Assim como na primeira sessão, terça-feira (27), a reunião foi aberta com integrantes do bloco governista tentando paralisar a comissão. Dessa vez, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) argumentou que a CPI não poderia ouvir depoimentos de forma remota, como estava sendo sugerido.
Segundo Marcos Rogério, problemas técnicos poderiam comprometer as declarações e não se poderia ver as reações dos entrevistados. Eduardo Girão, outro da tropa de choque, reforçou a tese do senador de Rondônia.
Ele também defendeu o mandato de segurança enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a relatoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Aziz afirmou que fez uma reunião na noite de quarta-feira (28) com o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan para falarem sobre os mais de 200 requerimentos enviados pelos senadores à comissão.
O senador disse também que sempre foi contra a ingerência de outros poderes no Legislativo e que não acha certo irem à Justiça pedir a retirada de um senador.