O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, apontou a redução gradual dos recursos repassados à pasta, desde 2014, como principais razões para a escalada do desmatamento e das queimadas no país, sobretudo na Amazônia. A declaração foi dada durante reunião da comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara nesta segunda-feira (3).
"Essa fragilização do orçamento do Ministério do Meio Ambiente, experimentado desde 2014, é uma das questões que fragilizaram, ao longo dos anos todos, o sistema nacional de meio ambiente", começou o ministro. Logo em seguida, aproveitou a palavra para cobrar empenho dos deputados em aprovarem emendas parlamentares e destinarem recursos ao ministério.
"[Outro fator] diz respeito ao Parlamento, as emendas aprovadas ao orçamento no ano de 2021. As emendas como um todo, destinadas ao Ministério da Saúde, foram 2.831, que somam R$ 9 bilhões. [...] Para o Meio Ambiente, foram 96 emendas [...]. Quanto somam essas emendas? R$ 62 milhões. Ou seja, ela é [...] 160x menor do que foi destinado à Saúde", enfatizou.
Salles usou os números para cobrar os deputados. "Uma parte da composição orçamentária poderia ser feita, inclusive, por muitos dos que que acusam o governo federal de terem fragilizado o orçamento. Eles não destinaram emendas à área do Meio Ambiente, destinaram a outras áreas. Então, fica aqui uma reflexão nesse sentido", alfinetou.