A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (13) o gerente-geral da Pfizer na América Latina Carlos Murilo. O representante da empresa afirmou que as primeiras reuniões do laboratório com os brasileiros começaram em maio de 2020.
O principal interlocutor no Brasil foi o ex-secretário do Ministério da Saúde, Élcio Franco, disse Murillo. Mas também conversou com outras pessoas da pasta, completou.
Segundo Murillo, a Pfizer adota três faixas de preço para sua vacina, de acordo com a capacidade de renda do país comprador.
O represententa da Pfizer afirmou que em março deste ano a empresa fechou com o Brasil um acordo de entrega de 100 milhões de doses. Seriam 13,5 milhões no segundo trimestre e o restante no terceiro trimestre.
"Mas vemos que podemos fornecer 15,5 milhões de doses já neste segundo trimestre", afirmou.
"Estamos nas fases finais da assinatura de nosso segundo contrato com o governo do Brasil, de mais 100 milhões de doses, a ser entregues no quarto trimestre deste ano", antecipou.
Ele afirmou que a companhia decidiu em julho de 2020 "incluir o Brasil como um dos poucos país do mundo para fazer o estudo clínico fase 3 da vacina." O estudo contou com 2.900 brasileiros.
O representante do laboratório afirmou que muito cedo a companhia entendeu que a única saída para o fim da pandemia era a colaboração e que todos tinham que trabalhar juntos para superar essa crise mundial.
Murillo explicou que a Pfizer não recebeu dinheiro de nenhum governo para desenvolver sua vacina.
Ele contou que a empresa iniciou 2021 considerando ser capaz de produzir 1,3 bilhão de doses do imunizantes ao ano. "Há algumas semanas chegamos à conclusão de que daria para fabricar 2,5 bilhões. Hoje, já são 3 bilhões."