O deputado federal Giovani Cherini (PL-RS) provocou polêmica nesta segunda-feira (17) ao afirmar em sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que o ex-prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que morreu no domingo (16), pode ter agravado o câncer por impedir a "respiração" das células.
"Falaram tanto do nosso querido e saudoso Bruno Covas, fui colega dele na Câmara. A máscara que ele usou durante toda a campanha [eleitoral do ano passado] pode ter prejudicado o câncer que ele teve. Porque as células precisam de respiração. Isso é ciência! Respirar é ciência", afirmou.
Cherini não apresentou qualquer prova da tese que levantou e que contraria amplamente as recomendações das autoridades sanitárias pelo mundo em relação ao uso de máscaras como forma de contenção da pandemia de covid-19. Ele abordou o tema após a presidente da CCJ, Bia Kicis (PSL-DF) afirmar que ficaria sem máscara enquanto estivesse conduzindo os trabalhos e que a colocaria quando fosse escutar os demais parlamentares.
Cherini apontou que a máscara é usada de forma "doentia" e por ideologia. "Eu só gostaria de informar a todos os membros que falam tanto em ciência, ciência, ciência, que eu também defendo a ciência. Só que eu defendo que as pessoas respirem e nós vamos ter uma matança de gente por usar máscara em praça, praia, absurdo, dentro do carro sozinho. De tanta doença mental que as pessoas estão passando, de uma forma desinformada, doentia, politicamente. Porque eu aprendi uma coisa no mundo holístico que eu vivo: respirar é tudo na vida", disse o deputado.