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Nise Yamaguchi nega tentativa de alterar bula da cloroquina

Em depoimento à CPI da Covid, médica foi questionada sobre relato de presidente da Anvisa em relação ao remédio

01/06/2021 às 14h10
Por: admin Fonte: R7
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A médica oncologista Nise Yamaguchi afirmou aos senadores da CPI da Covid nesta terça-feira (1º) que não agiu para alterar a bula da cloroquina para que ela tivesse indicação para uso em tratamento precoce contra covid-19. Yamaguchi é conhecida defensora do tratamento precoce contra o novo coronavírus, apesar de a comunidade científica apontar que não há eficácia comprovada e destacar a possibilidade de efeitos colaterais. 

Ela desmentiu o diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, que afirmou à comissão que a médica propôs mudança da bula em reunião no Palácio do Planalto no ano passado.

Ela afirmou que no encontro realizado em abril do ano passado discutiu-se uma minuta relativa ao medicamento, mas que não se tratava de um documento para a alteração das recomendações de uso do remédio. Segundo ela, era um "um rascunho de como poderia ser disponibilizada uma medicação que estava em falta" e abordava também a "adesão ao tratamento de acordo com um consentimento livre esclarecido e notificações no site da Anvisa".

Ela também descartou que na reunião tivesse sido debatido um decreto para alteração da bula. "Não existiu ideia de mudança de bula por minuta, nem por decreto", disse. Ela negou ainda que o encontro tivesse sido uma reunião de um suspoto gabinete paralelo e não oficial do governo para aconselhamento e decisões envolvendo à pandemia." Fui convidada científica para a reunião, uma reunião oficial, dentro da Presidência da Casa Civil, com o ministro da Saúde [Luiz Henrique Mandetta, à época]e  o presidente da Anvisa", afirmou.

Suspensão

Em julho do ano passado, ela foi suspensa pelo Hospital Albert Einstein por fazer uma analogia entre o pânico da pandemia e o Holocausto - como é conhecido o genocídio de 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial.

"Você acha que alguns poucos militares nazistas conseguiriam controlar aquela massa de rebanho de judeus famintos se não os submetessem diariamente a humilhações, humilhações, humilhações...", disse a médica. Após a entrevista ser publicada, ela se desculpou.

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