O presidente do Senado Federal, Rodrico Pacheco (DEM-MG) afirmou nesta sexta-feira (9), em pronunciamento que o Congresso não admitirá "atentado" a sua independência e retrocessos de outras décadas
"Quero aqui afirmar a independência do Parlamento Brasileiro, independência do Congresso Nacional composto por suas duas casas, o Senado Federal e a Câmara, e não admitirá quaquer atentado a esta sua independência e sobretudo às prerrogativas dos parlamentares: palavras, opiniões e votos", disse, um dia depois de crise entre o Senado e as Forças Armadas.
A questão surgiu nesta quinta-feira (8) depois que o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz , criticou os militares do "lado podre" que estivessem envolvidos em esquemas de corrupção. Em resposta, as Forças Armadas e o Ministério da Defesa emitiram nota conjunta afirmando que "aceitarão ataques levianos".
"Olha, eu vou dizer uma coisa: as Forças Armadas, os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo", disse Aziz.
Ele citou os presidentes da ditadura militar, João Figueiredo e Ernesto Geisel, como exemplo da integridade dos militares, dizendo que os dois morreram pobres. "E eu estava, naquele momento, do outro lado, contra eles. Uma coisa de que a gente não os acusava era de corrupção, mas, agora, Força Aérea Brasileira, Coronel Guerra, Coronel Elcio, General Pazuello e haja envolvimento de militares", completou.
Poucas horas depois, o Ministro da Defesa, Braga Netto, e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, o general Paulo Sérgio, tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior, e o almirante Almir Garnier Santos, respectivamente, emitiram onde classificaram o discurso de Aziz como "acusação irresponsável".
"As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro", escreveram em nota o Ministro da Defesa, Braga Netto, e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, o general Paulo Sérgio, tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior, e o almirante Almir Garnier Santos, respectivamente.