Desde o fim de 2019, a Igreja Universal do Reino de Deus vem alertando seus membros para os golpes embutidos em supostos investimentos em criptomoedas.
A Universal adotou tal medida porque tem ciência de que um dos alvos desse tipo de golpe são pessoas de boa-fé, especialmente das comunidades evangélicas. Todos sabem que o sucesso de uma pirâmide financeira depende da entrada constante de novos investidores. Daí a razão destas empresas buscarem se infiltrar em clubes, associações, corporações e especialmente igrejas, a fim de se valerem do espírito fraterno e de confiança que une seus membros.
A Universal não compactua com nenhuma atividade ilícita, por mais ganhos que possa gerar. Ofertas que procedam de engano, fraude e injustiça não têm valor algum para Deus.
Quanto a Glaidson Acácio dos Santos, preso na última semana no Rio de Janeiro acusado de organizar uma pirâmide financeira, a igreja esclareceu que entrou no treinamento pastoral da Universal em 2003, mas foi desligado pouco depois por não atender aos padrões do ministério.
Há alguns meses, a Igreja recebeu informações de que ele estaria assediando e recrutando fiéis e integrantes do corpo eclesiástico para participar de sua empresa, que demonstrava sinais que caracterizavam algum envolvimento com pirâmide financeira.
Para combater esse tipo de golpe, além dos constantes alertas dados publicamente em seus cultos e programações de TV e rádio, a Universal tem feito rigorosas averiguações internas para assegurar que seus oficiais não promovam e muito menos se envolvam com pirâmides. É por esse rigor que alguns já não fazem mais parte do quadro de pastores da igreja.
Além disso, em maio, a Universal apresentou uma notícia-crime na Justiça contra os envolvidos. Mais recentemente, foi aberto um processo judicial cível para que Glaidson confirme à Igreja que os dízimos e doações que ofereceu como frequentador têm origem lícita. Ou seja, muito antes da operação policial da última semana que resultou na prisão de Glaidson, a Universal já vinha alertando e cooperando com as autoridades para as devidas investigações.