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Sergio Moro, o juiz da Lava Jato, anuncia sua demissão do governo Bolsonaro

Moro largou carreira de juiz federal para virar ministro e disse ter aceitado o convite de Bolsonaro por estar 'cansado de tomar bola nas costas'

24/04/2020 às 11h16 Atualizada em 25/04/2020 às 12h00
Por: admin Fonte: Metrópoles/FOLHA
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Sérgio Moro
Sérgio Moro

BRASÍLIA - O ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro disse nesta sexta-feira (24/04) que não convocou a coletiva de imprensa por opção sua. Ele destacou a proximidade que isso gera entre as pessoas em tempos de pandemia de coronavírus.

Braço direito de Moro, Maurício Valeixo foi exonerado da direção-geral da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (24/04).

“Lamento esse evento na data de hoje, estamos passando por uma pandemia, do covid-19, temos uma informação lamentável de 407 óbitos”, disse.

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“Foi inevitável, mas peço a compreensão. Não foi por minha opção”, complementou.

Histórico

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, faz um pronunciamento nesta sexta-feira (24/04) após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo.

Valeixo é nome próximo a Moro e foi indicado pelo próprio ex-juiz para a direção da PF.

Bolsonaro destacou, em rede social, que a exoneração foi feito “a pedido” de Valeixo. Aliados do ministro e servidores da PF, contudo, garantem: o pedido não foi feito. A expectativa é que o tom do discurso seja duro.

O ministro Sergio Moro (Justiça) decidiu entregar o cargo nesta sexta-feira (24) e deixar o governo de Jair Bolsonaro após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, ter sido publicada nesta madrugada no Diário Oficial da União. Ele anunciou a saída do governo a pessoas próximas.

Conforme a Folha revelou, Moro pediu demissão a Bolsonaro na manhã desta quinta (23) quando foi informado pelo presidente da decisão de demitir Valeixo. O ministro avisou o presidente que não ficaria no governo com a saída do diretor-geral, escolhido por Moro para comandar a PF.

Após Moro anunciar um pronunciamento às 11h desta sexta, o Planalto enviou emissários para tentar convencer o ministro a ficar. Em vão. Moro não aceitou, mostrou-se irredutível. Nas palavras de um aliado, "os bombeiros fracassaram". Moro deve fazer um discurso duro ao deixar o governo.

O contexto da exoneração de Valeixo foi considerado decisivo para o ministro bater o martelo.

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